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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
Politica

Para Marconi, crise política é oportunidade para união

Governador disse ontem, ao abrir a Feira Internacional de Turismo do Pantanal, em Cuiabá, que agora é a hora de os brasileiros dizerem sim ao Brasil

Postado em 21 de abril de 2016 por Sheyla Sousa
Para Marconi
Governador disse ontem

Em discurso na abertura da Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT Pantanal) e do Congresso da Zona de Integração do Centro-Oeste Sul-Americano (Zicosur), o governador Marconi Perillo afirmou ontem, em Cuiabá (MT), que a crise política e econômica é oportunidade para que os brasileiros se unam para dizer “sim” ao Brasil. A convite do governador Pedro Taques, Marconi esteve na FIT Pantanal/Zicosur após a reunião do Consórcio Brasil Central, realizada na capital mato-grossense, e aproveitou a oportunidade para afirmar que o País vai precisar muito dos governadores e dos prefeitos para atravessar este período.

“Nós temos que dizer sim ao Brasil, dar a nossa parcela de contribuição para vencermos os desafios que virão”, afirmou Marconi. O governador disse que a recuperação econômica passará necessariamente pelos Estados do Brasil Central, que geram atualmente R$ 20 bilhões de superávit na Balança Comercial brasileira, e lembrou que o desenvolvimento da infraestrutura, do turismo, do setor de comércio e serviços resultantes da integração entre os Estados do bloco fará com que a região saia na frente na superação da crise.

As crises econômica e política, que culminaram no último domingo com a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados (aprovado por 367 votos a favor, 137 contra e 2 abstenções), dominaram o Fórum de Governadores do Brasil Central, realizado nesta terça-feira (19/4). O governador Marconi Perillo, presidente do Fórum, disse ainda esperar que a crise política seja resolvida em no máximo 20 dias para que o Governo Federal possa colocar em prática programas urgentes de retomada da atividade econômica.

Segundo o governador, enquanto o impedimento da presidente Dilma Rousseff não tiver um veredito do Senado, o País viverá um período de estagnação na área econômica. Entende ser difícil o Congresso Nacional votar projetos importantes com o atual clima político. A falta de um cronograma que dê celeridade à análise de projetos que tratam de renegociação de dívida dos Estados, levou alguns governadores a ingressarem com ação no STF para que o cálculo dos juros das dívidas estaduais com o Tesouro Nacional seja modificado.

O indexador utilizado para o pagamento da dívida dos estados e o projeto de alongamento do prazo para quitação, foi outro assunto dominante na coletiva dos governadores com a imprensa. É que, enquanto os governadores se reuniam em Cuiabá, em Brasília o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa e os governadores de cinco estados – São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além de representante do Rio de Janeiro – participavam de audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) com o ministro Luiz Edson Fachin para discutir os juros que incidem sobre as dívidas estaduais com a União. 

Pacto pela união latino-americana 

Na Zicosur – região formada pelo Norte da Argentina, pelo Paraguai, pelo Sul da Bolívia, pelo Sudoeste do Brasil e pelo Norte do Chile –, Marconi disse que o Brasil Central deve se associar em bloco com o aglomerado de regiões latino-americanas para promover  obras e investimentos conjuntos. A Zicosur foi criada para promover o desenvolvimento econômico e comercial, principalmente através dos chamados Corredores Biocêanicos, aproveitando os portos do Chile, para conduzir o fluxo de comércio até os mercados da Ásia-Pacífico, espalhando a oferta exportável da Sub-Região.

No discurso, o governador enfatizou que o Brasil Central é estratégico economicamente, tem dado resultados positivos na economia e um deles se refere à Balança Comercial, que gerou, em 2015, R$ 20 bilhões em superávit. Na cidade desde ontem, onde, na qualidade de presidente do Fórum de Governadores do Brasil Central, comandou o dia de reuniões do grupo, o governador afirmou ainda que o centro brasileiro abriga os estados que dão certo, que comandam os melhores índices da economia brasileira, citando também a geração de empregos.

Marconi elogiou os dois eventos que, simultaneamente, são realizados na capital mato-grossense até o próximo domingo, reunindo representantes de vários países da América Latina e da China. “Nos associamos ao Mato Grosso para divulgar nossos destinos turísticos. Este, sem dúvida, é um dos mais belos estados brasileiros”, observou.

A reunião da Zicosur tem por objetivo reunir em um mesmo período autoridades governamentais e líderes empresariais para estreitar as relações e também criar formas de alavancar o turismo e a economia dos seis países pertencentes ao bloco.

Em Cuiabá, os integrantes da Zicosur retomam as discussões para criar uma nova forma de escoar a produção de Mato Grosso pelo oceano pacífico. Entre os assuntos que serão colocados em discussão está a ferrovia bioceânica, que tem o objetivo de cruzar o País saindo do Porto Açu (RJ), passando por Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre chegando ao Oceano Pacífico pelo Peru. 

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