Atividade e emprego na construção mantêm queda
No mês passado, a indústria da construção operou com 57% da capacidade
A atividade e o emprego na construção continuaram em queda em março, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo pesquisa divulgada ontem pela entidade, os juros, a baixa demanda e a inadimplência são os principais responsáveis pelo fraco desempenho do setor.
O indicador de atividade da construção atingiu 37,5 pontos. O índice de emprego somou 36,6 pontos. De acordo com a CNI, valores abaixo de 50 pontos indicam queda.
A última vez em que o índice de atividade superou 50 pontos foi em outubro de 2012 (50,1 pontos). Em relação ao nível de emprego, o indicador atingiu 50,9 pontos em junho de 2011 e só voltou a atingir 50 pontos uma vez, em janeiro de 2012.
No mês passado, a indústria da construção operou com 57% da capacidade. Apesar da alta em relação ao registrado em fevereiro (56%), a CNI ressaltou que o índice continua dez pontos percentuais abaixo do habitual para o mês.
Conforme a Sondagem da Indústria da Construção, os juros altos passaram a ser a principal preocupação do setor. O problema foi mencionado por 39,4% dos empresários. A fraca demanda interna foi o segundo maior problema, citada por 35,7% dos pesquisados. A inadimplência vem em terceiro lugar, com 31,1% das respostas.
Apontada como a maior preocupação da indústria da construção em dezembro de 2015, a carga tributária caiu para a quarta colocação. O volume de citações em relação ao tema caiu de 39% para 31%.
O levantamento foi feito entre 1º e 13 de abril com 547 empresas da indústria da construção. Desse total, 174 são pequenas, 248 são médias e 125 são de grande porte. (Agência Brasil)