Mais 250 soldados dos EUA vão engrossar luta contra EI
Tropas vão treinar e dar assistência “às forças locais” que lutam contra o grupo extremista islâmico
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem o envio de mais 250 soldados norte-americanos para a Síria, para apoiar a luta contra o Estado Islâmico. “Aprovei o envio adicional de 250 militares norte-americanos, nomeadamente forças especiais, para a Síria”, declarou Obama, em Hanôver, na Alemanha.
Obama esclareceu que as tropas vão treinar e dar assistência “às forças locais” que lutam contra o grupo extremista islâmico.
No domingo (24), o presidente norte-americano rejeitou a possibilidade de se criar uma zona de segurança no Norte da Síria por “questões práticas”, pois isso implicaria invadir militarmente grande parte do país.
O presidente norte-americano falava numa coletiva de imprensa, depois da reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Hanôver, em que abordou questões como o acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, a situação na Síria e na Líbia, o conflito na Ucrânia, as divergências com a Rússia e a crise dos refugiados.
Barack Obama destacou que a sua rejeição não tem a ver com uma “objeção ideológica”, mas sim com uma mera “questão prática”, explicando que é muito complexo estabelecer uma zona de segurança com êxito, pois será preciso destacar um grande número de tropas em terra, controlar movimentos e estabelecer pontos de controle. (Agência Brasil)
Roubo de petróleo é a principal receita
O vice-ministro da Defesa russo, Anatoly Antonov, declarou que o desvio de petróleo na Síria é a principal fonte de receitas dos grupos terroristas ativos no país. Ele fez a respectiva declaração, no canal de TV Rossiya 24, na véspera da Conferência Internacional sobre Segurança, marcada em Moscou entre 26 e 28 de abril.
“Após o forte golpe assestado contra os terroristas na Síria, foram destruídos armazéns de armas, pessoal e estruturas militares, foi minada a sua estrutura econômica. É claro para todos que onde primeiramente eles obtêm dinheiro é com o roubo do petróleo sírio”, disse.
De acordo com os dados do Ministério da Defesa russo divulgados mais cedo, o Estado Islâmico obtém anualmente cerca de 2 bilhões de dólares com a venda de petróleo a partir dos territórios ocupados na Síria, sendo esses fundos usados na contratação de militantes de todo o mundo e na compra de armas.
Atualmente, no país está em vigor o cessar-fogo, apoiado por Damasco bem como pela maioria dos grupos da oposição. O Estado Islâmico e a Frente Al Nusra (grupos terroristas proibidos na Rússia) não aceitaram o acordo. (ABr)