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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Politica

Pré-candidatos em compasso de espera

A pouco menos de três meses para as convenções partidárias, a pré-campanha, em Goiânia, tem registrado pouca movimentação

Postado em 28 de abril de 2016 por Sheyla Sousa
Pré-candidatos em compasso de espera
A pouco menos de três meses para as convenções partidárias

Sara Queiroz

O fato de a campanha oficial para as eleições de 2016 ter sido reduzida para 45 dias, e somente nesse tempo haver a possibilidade efetiva pedir votos, parece ter feito com que os pré-candidatos à prefeitura de Goiânia pisem forte no freio  nesse período. Eles estão mais envolvidos na elaboração de planos de governo. Porém, todas as atividades, até o momento, se concentram em reuniões setoriais com lideranças de bairros ou com outros partidos, na estruturação da equipe de campanha, e a investimentos nas redes sociais e pílulas na televisão. Alguns desses pré-candidatos atribuem o clima morno nesse momento por conta do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que está em andamento em Brasília; outros acreditam que a hora é de seguir com  planejamentos de campanhas, com ações internas.

Os pré-candidatos Giuseppi Vecci (PSDB), Luiz Bittencourt (PTB) e Waldir Soares (PR) já investiram em pílulas televisas veiculadas em horários considerados nobres. Porém, a maioria deles ainda investe mais, nesse momento em redes sociais, com postagens sobre reuniões e planejamento de trabalho em bairros.

Em questões internas, alguns dos postulantes investem em conversas sobre alianças para a chapa de vereadores, e também montam a equipe de coordenação da campanha. O deputado estadual Francisco Júnior (PSD), por exemplo, anunciou no início da semana que o ex-secretário Flávio Peixoto comandará as ações de sua candidatura. A também deputada estadual Adriana Accorsi já havia anunciado que convidaria o atual secretario municipal de administração, Valdi Camárcio, para assumir sua campanha.

Segundo o pré-candidato pelo PSB, Vanderlan Cardoso (PSB), sua pré-campanha, nesse momento, se limita em fazer reuniões em bairros, para que a população auxilie na elaboração do plano de governo, e também em conversas sobrealianças. Mas ele aponta que o atual cenário político nacional prejudica o momento de preparação para as eleições até o momento.

“Não tem jeito, porque toda a classe política, a imprensa e a população estão voltadas para o impeachment. E isso é geral, em todo lugar”, afirma. Ele diz que tem conversado com partidários de outros estados e cidades ,que declaram que o clima para as eleições municipais em todo o país está frio até o momento.

Sobre a coordenação de campanha, Vanderlan adianta que ele próprio irá comandar os trabalhos, e critica os adversários. 

Waldir diz que segue etapas já definidas  

Já Waldir Soares afirma que sua pré-campanha não desacelerou em nenhum momento, e que ele apenas segue etapas definidas pelo projeto. De acordo com o deputado federal, o planejamento foi realizado ainda no ano passado e previa a consolidação de seu nome como pré-candidato, definição do partido, a finalização do quadro de vereadores, e a partir de agora, realizar reuniões com entidades organizadas e também com os cidadãos goianienses, além de fazer a estruturação da campanha.

A previsão é que esse ritmo de trabalho continue até as convenções partidárias, que ocorrem no final de julho. “Eu diria que não diminuímos o ritmo, mas, sim, que estamos estruturando a nossa campanha”. Waldir não publicou nada até o momento sobre sua pré-campanha ou ações para a prefeitura em suas redes sociais, e justifica que ela deve ser silenciosa para que os demais adversários durante as eleições não “apossem de suas ideias”.

O parlamentar criticou quem diminuiu o ritmo do processo da disputa eleitoral por conta do processo de impeachment contra a presidente. “Nossa equipe está a toda vapor. Não tem como parar por um impeachment por uma questão nacional que não é regional. Não interfere em nenhum processo por aqui”, comentou.

Como Vanderlan, Waldir também se intitula como coordenador da própria campanha, que, segundo ele, tem coordenadores secundários. “Sou o gestor e gerente desse projeto”.

Enquanto isso, o PMDB ainda espera pela resposta definitiva do ex-prefeito Iris Rezende. É esperado que o peemedebista, cobrado desde o final do ano passado por uma postura em relação a disputa, só coloque seu nome à disposição no final de maio ou início de junho. A ideia é que o nome de Iris seja o suficiente para suprir a falta de pré-campanha nesse primeiro semestre e que ele chegue forte nas convenções partidárias. 

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