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domingo, 12 de janeiro de 2025
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Cidades

Emprego entre jovens rurais latino melhora

Porém, os desafios permanecem, como trabalhos precários, salários baixos e carga horária excessiva

Postado em 8 de maio de 2016 por Sheyla Sousa
Emprego entre jovens rurais latino melhora
Porém

Houve melhora na qualidade do emprego para os jovens de comunidades rurais da América Latina nas últimas décadas, porém, desafios permanecem, como trabalhos precários, salários baixos e carga horária excessiva, segundo estudo divulgado este mês pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

De acordo com a pesquisa “Juventude rural e emprego decente na América Latina”, a tendência de melhora ocorreu pela importante diminuição do emprego infantil na região, uma queda de 20% na última década dos jovens rurais ocupados no setor agrícola e um aumento semelhante dos ocupados no emprego rural não agrícola.

“Graças ao aumento do emprego assalariado formal, atualmente existe um setor de jovens que tem maior cobertura social, maior renda e em geral melhores condições de trabalho que a grande massa da população rural”, disse a FAO.

Apesar dessa relativa melhoria, ainda menos da metade dos jovens tem um trabalho decente quando considerada a renda, e a maior parte sofre com carga horária excessiva.

Segundo o estudo, a grande massa dos jovens rurais trabalha em piores condições que os adultos, os trabalhos apresentam mais riscos, são mais precários, recebem salário menor e têm menos acesso à seguridade social.

Atualmente, quase 40 milhões de jovens entre 15 e 29 anos moram em áreas rurais nos 20 países da América Latina. Desse total, a maior parte — 11,9 milhões — é inativa, cerca de 9,6 milhões trabalham no setor agrícola e 8,2 milhões exercem atividades não agrícolas.

De acordo com o estudo, entre os jovens inativos, a maior parte é mulher. Nas áreas rurais há uma proporção significativa de jovens que não estudam e não trabalham, o que enfraquece a trajetória laboral e o acesso à seguridade social. Os jovens representam 58,1% dos inativos rurais, o que equivale a aproximadamente 6,7 milhões de jovens na região.

“Os dados mostram que em muitos países da América Latina o trabalho decente ainda está muito longe para uma grande maioria da população jovem rural”, disse Martin Dirven, responsável pelo estudo.

Dos que trabalham na agricultura, a maior parte é homem e assalariada. A proporção entre homens e mulheres jovens que trabalham em atividades não agrícolas é mais semelhante, enquanto no emprego não agrícola a maior parte dos jovens também é assalariada.

Estima-se que somente 25% da população rural ocupada tenha acesso à seguridade social, e entre jovens a sindicalização costuma ser mais baixa que entre adultos. 

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