‘Hescuta’, projeto de Francisco Rider (AM), está em Goiânia
Depois do sucesso obtido em Manaus e Brasília, o artista manauara Francisco Rider passa por Goiânia com a turnê Hescuta, projeto contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014 – composto por performance, oficina e diálogo –, sobre o processo de construção da obra do público com o diretor da obra cênica. As oficinas […]
Depois do sucesso obtido em Manaus e Brasília, o artista manauara Francisco Rider passa por Goiânia com a turnê Hescuta, projeto contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014 – composto por performance, oficina e diálogo –, sobre o processo de construção da obra do público com o diretor da obra cênica.
As oficinas foram realizadas nos dias 10 e 11 de maio, e as apresentações ocorrerão até sexta-feira (13), às 19h, no Martim Cererê. Toda a programação é gratuita, mas os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecência do espetáculo. Depois de Goiânia, Rider seguirá para Palmas.
Vestido com um traje feito de canecas de louça, um homem provoca ruídos e chama a atenção a cada movimento. Hescuta é uma criação coreográfica que vem sendo apresentada desde 2014 – com aproximadamente 40 minutos.
Os deslocamentos do artista, no espaço cênico, criam paisagens sonoras, em um jogo entre som e silêncio, assim, propondo a seguinte reflexão: Quando o corpo escuta? Quando o corpo fala? Quando o corpo faz silêncio? A performance usa como elementos apenas o corpo do artista, seus movimentos e as canecas. “Ouvir é uma ferramenta que todos possuem, mas escutar é prestar atenção. E hoje a gente não escuta o que o outro fala. No cotidiano, damos mais valor ao visual, ao físico”, diz o artista.
Francisco Rider espera, com essa circulação nacional, expor o trabalho cênico performático dele, criar rede de compartilhamento, conhecer a comunidade artística local e, é claro, criar um ambiente criativo colaborativo nas cidades visitadas. Para o artista, a circulação é fruto do Prêmio Funarte Klauss Vianna de dança 2014.
“Será importante pelo fato de um trabalho de Manaus sair da cidade, por está localizado em uma região de difícil saída, pelo fator transporte e alto custo. É bom frisar que, em Manaus, há sim uma produção de dança e arte contemporânea, apesar do Sul e Sudeste do Brasil insistir num pensamento excludente, como se somente nessas regiões houvesse uma produção artística contemporânea e a produção de conhecimento. Isso é uma falácia, pois há uma produção local e saberes que não os conhecidos pelo saber hegemônico brasileiro”, finaliza Rider.
SERVIÇO
Projeto de Circulação ‘Hescuta’, com Francisco Rider (AM)
Quando: Até 13 de maio (sexta-feira)
Onde: Centro Cultural Martim Cererê (Viela 94, Setor Sul – Goiânia)
Horário: 19h
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada gratuita (Retirar o ingresso uma hora antes do espetáculo)