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sábado, 28 de dezembro de 2024
Violência no Campus

Relato de estupro em campus da UFG gera revolta entre estudantes

Aluno tentou ajudar a vítima, mas ela se sentiu ameaçada e fugiu. O seu paradeiro ainda é desconhecido

Postado em 15 de junho de 2016 por Redação
Relato de estupro em campus da UFG gera revolta entre estudantes
Aluno tentou ajudar a vítima

Jéssica Chiareli

Um relato de estupro dentro do campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG) mobilizou estudantes e intensificou cobranças de mais segurança para as mulheres na universidade, além de pedidos de posicionamento da reitoria.

O estudante de Comunicação Social, D. B., de 21 anos, contou nas redes sociais momentos que sucederam o abuso sofrido por uma jovem no estacionamento da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da UFG. 

“Eu estava no estacionamento da FIC parado no carro esperando um amigo sair da aula, aí chegou um gol preto com um cara, deu a volta e puxou a menina para fora do carro. Aí ela tava cambaleando, pensei que estivesse bêbada e fiquei na minha. Quando ela passou por mim, estava toda desarrumada e chorando, aí liguei o farol para tentar olhar o que estava rolando no carro e ele acelerou e ‘vazou'”, disse o estudante em sua conta no Twitter.

De acordo com D., a vítima, que aparentemente estava dopada, se dirigiu ao banheiro da unidade, onde começou a se limpar em uma torneira, sem a parte de baixo da roupa. “Eu fui até lá e ela começou a pedir socorro e me bater, como se eu fosse fazer algo também, ela estava em pânico. Gritei ajuda e não tinha uma alma viva no campus”, contou. 

Depois do ocorrido, estudantes, guardas do campus e a polícia iniciaram buscas pela vítima, mas ela não foi encontrada. Até o momento, não se sabe se a jovem recebeu apoio médico ou psicológico ou como está o seu estado de saúde. 

O agressor foi definido como um homem branco e gordo e, de acordo com os relatos, dirigia um gol preto. 

Posicionamento

Cobrando um posicionamento da UFG, alunos usaram a tag #UFGsepocisione nas redes sociais. O assunto foi o segundo mais comentado do Twitter no Brasil na noite de ontem. 

Recentemente, a instituição já havia sido cobrada sobre iniciativas de combate à violência contra a mulher, depois que uma “lista da pegação”, considerada machista, racista e transfóbica, foi compartilhada por frequentadores da festa universitária Inter UFG.

À época, a reitoria declarou apenas que a universidade não possuía vínculo com o evento e que o nome dela seria retirada das próximas edições da festa.

Nota

Em nota, a universidade afirmou que “as equipes de segurança estão averiguando as informações, verificando imagens de câmaras internas e realizando rondas para identificar a possível vítima”.

 

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