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domingo, 24 de novembro de 2024
zika

Cabo Verde registra 11 casos de microcefalia associados ao vírus Zika

Os dados foram divulgados pela médica epidemiologista Maria de Lurdes Monteiro, do Serviço de Vigilância Integrada e Respostas a Epidemias

Postado em 23 de junho de 2016 por Redação
Cabo Verde registra 11 casos de microcefalia associados ao vírus Zika
Os dados foram divulgados pela médica epidemiologista Maria de Lurdes Monteiro

Cabo Verde registrou 11 casos de microcefalia associados ao vírus Zika, sendo que um dos bebês diagnosticados com a doença nasceu morto, segundo dados do Ministério da Saúde do país, divulgados hoje (23).

Os dados foram divulgados pela médica epidemiologista Maria de Lurdes Monteiro, do Serviço de Vigilância Integrada e Respostas a Epidemias, durante uma reflexão e diálogo sobre o impacto do Zika nas mulheres, promovido pela ONU Mulheres em Cabo Verde.

Segundo a médica, até o dia 14 deste mês nasceram 10 bebês com microcefalia associada ao vírus zika. Outro nasceu morto, com múltiplas malformações.

Maria de Lurdes disse que nove dos casos ocorreram na cidade de Praia e dois na Ilha do Maio, onde foi registrado o caso de morte.

A médica informou que as autoridades acompanham cerca de 240 mulheres grávidas, sendo 170 em Praia, 44 em São Filipe, na Ilha do Fogo, 22 em Maio e quatro em Boavista.

O primeiro caso de microcefalia associada ao vírus Zika em Cabo Verde foi detectado em março deste ano, seis meses depois de a doença ter sido declarada epidemia. Até agora, foram registrados mais de 7.500 casos suspeitos.

Do total de casos, que tiveram queda a partir de janeiro, Maria de Lurdes disse que 65% foram notificados em mulheres e o restante em homens.

Lembrando que o mosquito transmissor da doença é o “principal inimigo da saúde pública em Cabo Verde” neste momento, a médica acrescentou que a meta deve ser a luta antivetorial, no sentido de eliminar todos os focos do mosquito.

Ela destacou a necessidade de envolver toda a sociedade civil no combate à doença, no empoderamento das mulheres, na realização de campanhas de limpezas antes, durante e depois da época da chuva, o uso de repelentes e de roupas que protejam o corpo, entre outras medidas.

No início deste mês, o ministro da Saúde cabo-verdiano, Arlindo do Rosário, disse que desde o dia 25 de abril não é detectada a circulação do vírus no país e que os mosquitos analisados não estão infectados.

Em entrevista, Vanilde Furtado, coordenadora do programa da ONU Mulheres em Cabo Verde, afirmou que a maior preocupação é com as mulheres grávidas, pelas consequências e riscos, e com os bebês que nascem com microcefalia.

Pelo fato de a maioria dos casos (65%) ter sido diagnosticada em mulheres, a coordenadora informou que pretende elaborar um plano para controlar e ter respostas multissetoriais e abrangentes para os impactos da doença nas mulheres. (EBC)

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