A TV Brasil exibe o premiado documentário Vou Rifar Meu Coração, na sessão Cine Nacional desta quarta (13), às 22h. Com direção da cineasta Ana Rieper, o longa faz uma viagem ao imaginário romântico, erótico e afetivo brasileiro a partir da obra dos principais nomes da música popular romântica, também conhecida como brega. 

A produção traz um apanhado da cultura popular a partir dos depoimentos de grandes nomes do gênero romântico como Agnaldo Timóteo, Wando, Amado Batista, Odair José, Lindomar Castilho, Nelson Ned, Walter de Afogados e de Rodrigo Mell, este último representante da nova geração do brega.

O filme ou Rifar Meu Coração foi reconhecido nas categorias Melhor Direção e Melhor Montagem no FestiCine Goiânia, enquanto no Festival AtlantiDoc conquistou os prêmios de Melhor Direção de Arte em Documentário e Prêmio Especial da Associação de Críticos (Fipresci Uruguai). O longa ainda conquistou os prêmios de Melhor Filme no Festival de Cinema Brasileiro de Londres e no In Edit Brasil – Festival Internacional de Documentários Musicais.

O título da película foi inspirado na canção Eu Vou Rifar Meu Coração, de Lindomar Castilho, um dos entrevistados no documentário. Letras de músicas de artistas como Agnaldo Timóteo, Waldik Soriano, Reginaldo Rossi, Nelson Ned, Amado Batista, Peninha, Walter de Afogados e Wando formam verdadeiras crônicas dos dramas da vida a dois.

Na construção da trama documental, os temas destas obras se relacionam com as histórias da vida amorosa de pessoas comuns que enfrentam o desafio de falar sobre a intimidade de vidas reais, em situações do cotidiano. A narrativa investe nessas entrevistas para apresentar o contexto do cancioneiro das músicas românticas do País. Além das pessoas que abrem seus corações e contam suas histórias, o filme reúne astros do gênero em gravações emocionantes.

Vou Rifar Meu Coração é um filme sobre e com música. O uso das canções na narrativa vai além de mera ilustração de situações, ou ‘respiros’ na montagem. As músicas têm um papel alusivo, simbólico, que remete ao universo conceitual de que trata o documentário. As canções são um discurso dentro do longa.

O esforço constante de fugir dos estereótipos construídos pelo senso comum em torno de alguns personagens é outro grande desafio da produção. A ideia é também trazer para a tela um Brasil nem sempre revelado, porém muito representativo; é certamente um de seus pontos altos, além da alegria e diversão expressas na música. O universo que o filme aborda tem grande ressonância popular. Seus principais personagens apresentam, ao longo de suas trajetórias artísticas, números expressivos de venda de discos.