Alimentação básica mais uma vez pressiona inflação no bolso goiano
Suplementos como arroz, feijão e leite continuam sendo os principais gastos apontados para o mês de julho
Da redação
Que alimentação básica do povo brasileiro tá cada vez mais cara isso é fato. Porém uma pesquisa divulgada hoje (4) pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) provou mais uma vez que comprar mantimentos essenciais tem se tornado um peso no bolso do goiano.
Suplementos como arroz, feijão, leite e carne, foram os maiores vilões no peso da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chegou a 1,43%, o segundo maior do ano, atrás apenas de janeiro (1,75%) e elevou a inflação acumulada no ano para 7,14%. Além da alimentação, foram levadas em conta as despesas com moradia, tais como taxas e água e esgoto. O resultado final foi o equivalente a 79% da formação do IPC de Goiânia, só no mês de julho.
Para o economista Marcelo Eurico de Sousa, gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB/Segplan, a alta dos alimentos registrada em julho não foi surpresa. Porém, ressalta ele, os índices de aumentos foram muito altos e, ao lado da tarifa de água e esgoto, pressionaram a inflação de julho além de contribuir para comprometer, ainda mais, o orçamento já reduzido das famílias. Ele lembra que, desde janeiro passado, os alimentos estão em alta e prevê que esta situação ainda permanecerá por alguns meses, até a chegada da próxima safra de grãos, que ainda será plantada.
Com a alta dos alimentos em julho, o goianiense, que tem como renda mensal um salário mínimo (R$ 880,00), teve de desembolsar R$ 363,04, um aumento de 0,55% na comparação com junho (R$ 361,07). No ano, o custo da cesta básica já subiu 13,71% e nos últimos 12 meses, 24,30%, de acordo com dados do IMB/Segplan.
Foto: (IMB/Segplan)