MP desarticula associação criminosa no segmento farmacêutico
Ação resultou em prisões e buscas e apreensões em cidades de Goiás, Minas Gerais e São Paulo
Mardem Costa Jr.
Com o objetivo de desarticular uma associação criminosa de empresários que pratica diversos crimes fiscais, envolvendo o comércio de medicamentos, foi deflagrada hoje cedo a operação “Placebo Fiscal”. A iniciativa, fruto de parceria do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e da Secretaria da Fazenda de Goiás (Sefaz), cumpriu quatro mandados de prisão temporária – dois em Goiânia, um em Itumbiara e outro em Minas Gerais.
Também foram cumpridos dez mandados de condução coercitiva e 15 mandados de busca e apreensão na capital, Aparecida de Goiânia, Buriti Alegre, Itumbiara, Quirinópolis e Trindade e nas cidades paulistas de Cravinhos e São Joaquim da Barra.
Durante a investigação, capitaneada pelo promotor do Grupo de Atuação Especial no Combate à Corrupção (Gaeco) Mário Caixeta, apurou-se que empresas do ramo de venda atacadista e varejista de medicamentos usavam empresas de fachada, de laranjas e de testas de ferro para a sonegação de impostos.
Medicamentos eram vendidos em grande escala, inclusive para farmácias paulistas, e a carga fiscal respectiva ficava em nome dessas empresas de fachada. Até o fechamento da reportagem, todos os mandados tinham sido cumpridos e os presos estavam prestando depoimento aos promotores envolvidos na operação.
O gerente da Inteligência Fiscal da Sefaz, Fábio Yudi, pontua ainda que o grupo investigado “vendia mercadoria roubada em Goiás” e que a Placebo Fiscal teve como objetivo a coleta de provas das fraudes tributárias. O delegado fiscal de Goiânia, Fernando Bittencourt, salienta que a ação focou farmácias e distribuidoras na Capital e interior. “Foram atingidos 20 alvos”.