Parada LGBT reúne 50 mil em evento realizado em Goiânia
A expectativa inicial era reunir pelo menos 200 mil pessoas
Da redação
Com o tema “Transforme a sua dor em luta”, a XXI Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais aconteceu ontem (21) em Goiânia e reuniu 50 mil pessoas. O número de participantes foi divulgado pela organização do evento. A parada começou no estacionamento do Parque Mutirama, no centro da capital. A expectativa inicial era reunir pelo menos 200 mil pessoas.
Segundo a coordenadora da Parada, Beth Fernandes, o alto índice de violência contra pessoas trans motivou a escolha do tema desta edição. “Goiás está entre os quatro estados brasileiros que mais matam travestis e transexuais. Precisamos dar visibilidade à população trans e às demandas do movimento LGBTT”, reforça.
Durante a programação, foram realizadas oficinas e apresentações artísticas de drag queens e artistas LGBTTs, além da tradicional passeata, por volta das 17h30, pelas avenidas Araguaia, Paranaíba e Tocantins e Rua 3 com encerramento por volta das 22h. O evento foi realizado pelo Fórum de Transexuais de Goiás com apoio do Ministério da Saúde, Governo de Goiás e Prefeitura de Goiânia.
Reivindicações
Em duas semanas, no dia 4 de setembro, uma nova festa será realizada, desta vez, com a seguinte temática: “Identidade de Gênero é direito”. A segunda edição também está marcada para começar às 12h no mesmo local. Este é 21º ano que Goiânia sedia o evento, que marca a luta da comunidade LGBT por seus direitos e por maior visibilidade.
O evento também tem o objetivo de reivindicar a implantação de uma delegacia especializada em crimes de homo/lesbo/transfobia e maior agilidade no processo transexualizador na capital, além de divulgar o decreto 8716/2016, assinado neste mês pelo governador Marconi Perillo, que concede às travestis e transexuais o direito ao uso do nome social em órgãos públicos estaduais.
Município
Desde janeiro de 2015, após decreto assinado pelo prefeito Paulo Garcia, as pessoas trans de Goiânia têm o direito de ser chamadas pelo nome social que escolheram em todos os órgãos da administração pública direta e indireta. Este foi o primeiro decreto específico para população LGBT da capital. “A assinatura desse decreto é de suma importância para que o nome social se torne, de fato, algo corriqueiro e determinante na administração. Essas pessoas têm todos os direitos, como os demais membros da sociedade”, destacou o prefeito à época.