Mardem Costa Jr.

O Instituto Paraná divulgou ontem a primeira pesquisa de intenção de voto realizada após a oficialização das candidaturas à prefeitura de Goiânia.  A apuração reforça o favoritismo de Iris Rezende (PMDB), que desponta 33,3% da preferência do eleitorado. Um pouco atrás está o Delegado Waldir (PR), com 20,2%, empatado tecnicamente com Vanderlan Cardoso (PSB) – o socialista registrou 18,5%. 
Adriana Accorsi (PT) foi lembrada por 7,4% das pessoas ouvidas pelo instituto, enquanto o colega de Assembleia Francisco Júnior (PSD) recebeu 2,4%. Djalma Araújo (Rede) e Flávio Sofiati (PSOL) tiveram, respectivamente, 0,8% e 0,3% dos votos. Não sabem ou não responderam – 7,9%. Os eleitores que não pretendem votar em nenhum dos nomes apresentados representam 9,2%. 
Rezende lidera disparado entre os eleitores do sexo masculino – 37,7%, acompanhado por Waldir e Cardoso, com 19,7% e 18,3%, respectivamente. Já no sexo feminino, a disputa está mais equilibrada. O peemedebista anota 29,7%, enquanto o republicano conta com 20,6% e o socialista, 18,6% dos votos.
Iris dispara entre os eleitores com ensino fundamental – 45,1% – e empata com Vanderlan entre aqueles com ensino superior – 22,2% e 21,6%, respectivamente. Delegado Waldir tem sua melhor performance com quem possui ensino médio – 23,2%, enquanto Adriana lidera entre quem possui ensino superior.
Perguntados se é definitiva a intenção de votar no candidato até na hora do voto, 57,3% afirmaram que a decisão é definitiva. 39,8% deixaram a possibilidade de mudança em aberto e 2,9% não sabem.
O levantamento, encomendado pela Record Goiás, ouviu 660 eleitores entre os dias 16 a 20 de agosto. A margem de erro de 4% e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o nº GO-08947/2016.

Comparação
Analisando o levantamento divulgado ontem com aquele realizado em maio, quando as candidaturas ainda estavam sendo amadurecidas, os três primeiros colocados oscilaram. Iris Rezende, Vanderlan Cardoso e Francisco Júnior registraram oscilações positivas – o peemedebista foi de 27,4% para 33,3%, Vanderlan começou com 12,5% e agora está com 18,5% e Francisco oscilou 1 ponto – de 1,4% para 2,4%.
Delegado Waldir e Adriana Accorsi variaram negativamente. O republicano, que estava empatado com Rezende em maio, agora registra 20,2%. A petista perdeu dois pontos percentuais – de 9,4 a 7,4% – dentro da margem de erro. Djalma Araújo manteve 0,8% nos dois levantamentos e Flávio Sofiati teve uma ligeira variação de 0,2 para 0,3%.

Repercussão
Perguntados por O HOJE como receberam o levantamento do Instituto Paraná/Record Goiás, os candidatos fizeram avaliações divergentes. Iris Rezende considerou positiva a iniciativa. “Recebo (a pesquisa) com humildade e mais vontade ainda de trabalhar para vencer no primeiro turno”. Vanderlan acredita que a avaliação traz ânimo aos apoiadores de sua candidatura. 
“Estamos encostados no segundo colocado e vamos atrás do primeiro. Junto com a militância, vamos percorrer as ruas de Goiânia, conversando com eleitor, olhando nos olhos ao entregar o material de campanha com as nossas propostas. É assim que vamos vencer as eleições”, enfatiza.
Por sua vez, Delegado Waldir demonstrou ceticismo. “Deixo as pesquisas aos jornalistas e cientistas políticos. A intenção do eleitor, a meu ver, é aquela que será materializada no dia 2 de outubro. Em 2014, por exemplo, meu nome não constava nos levantamentos divulgados à época.” 
Francisco Junior pondera que a pesquisa ainda não avalia adequadamente o cenário eleitoral “A população ainda não está atenta à campanha. O nosso trabalho é difícil, no sentido de quebrar o gelo e chamar a atenção do eleitor. Adriana Accorsi não foi encontrada até o fechamento da edição.

Rejeição
Assim como lidera a intenção positiva, Iris também encabeça o índice de rejeição de voto. O nome do ex-prefeito é reprovado por 22,4% dos eleitores, enquanto Accorsi e Waldir estão empatados – com 18,5%. Araújo foi lembrado negativamente por 16,1%, seguido por Sofiati  – com 14,2%. Cardoso e Júnior dividem o menor índice negativo – 13,2%. Eleitores que não sabem ou não quiseram responder somam 16,4% e outros 8% poderiam votar em todos os candidatos.

Foto:(diariodeaparecida.com)