Egito resgata 162 corpos após naufrágio no mar
Governo do paÃs admite que acidente no Mar Mediterrâneo tenho matado
mais pessoas
Subiu para 162 o número de corpos resgatados por autoridades egípcias no norte do país após um naufrágio ocorrido na última quarta-feira (21) no Mar Mediterrâneo. O acidente, no entanto, pode ter proporções ainda maiores, pois o governo trabalha com a hipótese de que havia 400 pessoas no barco na hora do naufrágio. As informações são da Agência Ansa.
No dia da tragédia, ocorrida no litoral de Rosetta, no norte do país, 165 pessoas foram salvas por socorristas egípcios.
Até o momento, quatro pessoas foram presas, acusadas de tráfico de seres humanos e homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
De acordo com informações dos sobreviventes, a embarcação tinha como destino final a Itália.
Rosetta, situada na foz do rio Nilo, abriga um dos principais portos do Mediterrâneo, mar que está no centro da maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial. O barco estava a caminho da Itália.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), neste ano, 298 mil pessoas já atravessaram os mares Mediterrâneo e Egeu rumo à Europa, e 3,2 mil morreram tentando fazer a travessia.
Tráfico humano
A polícia do Egito prendeu preventivamente quatro tripulantes do barco clandestino que naufragou na quarta-feira (21) com centenas de pessoas no Mar Mediterrâneo.
Segundo a Ansa Brasil, os quatro detidos são acusados de tráfico de seres humanos e homicídio culposo e ficarão na cadeia por pelo menos quatro dias, enquanto os promotores concluem a investigação.
Um dos passageiros, um jovem egípcio identificado como Mahmoud Aly, contou à rede CNN que o barco estava “superlotado”, como costuma acontecer neste tipo de viagem pelo Mediterrâneo.
O desastre ocorreu no litoral de Rosetta, cidade situada na foz do Rio Nilo e que abriga um dos principais portos da região. (Agência Brasil)