Em meio a tumulto, Dilma vota em Porto Alegre
Michel Temer, Eduardo Cunha e Lula também já votaram. Saiba como foi o voto destes políticos
O presidente Michel Temer votou às 8h na Pontifícia Universidade Católica (PUC), zona oeste da capital paulista. Acompanhado apenas de assessores e seguranças, Temer falou rapidamente com a imprensa, desejou a vitória da democracia e informou que voltará ainda hoje (2) para Brasília. No mesmo colégio eleitoral, votou o presidente do PT, Rui Falcão. Ele disse confiar num bom desempenho do candidato do partido à reeleição, o prefeito Fernando Haddad. “A expectativa é muito favorável, ele fez um grande governo, mudou a vida da cidade e as pesquisas indicam que nós estamos no segundo turno”, disse ele.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou às 11h30 na Escola Estadual José Firmino Correia de Araújo, no Jardim Lavínia, em São Bernardo do Campo. Ao chegar, estava acompanhado do candidato a prefeito pelo PT, Tarcísio Cecoli. Lula foi recebido por aplausos e vaias de eleitores que votavam no mesmo local e, ao ser questionado sobre as manifestações, disse que não ouvia as vaias porque os aplausos eram mais altos.
“Eu nem ouvi as vaias. Era tanto aplauso que nem ouvi. Eu tenho noção da minha relação com a sociedade brasileira e o que estou sentindo é que quanto mais ódio se estimula contra mim, mais amor se cria a meu favor”. Ele disse, ainda, que as pessoas contrárias a ele começarão a se surpreender porque, a partir destas eleições, ele começará a andar pelo Brasil.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), votou hoje (2) pela manhã no Centro Educacional Santa Mônica, na Barra da Tijuca, onde afirmou que o processo de cassação contra ele “não está sepultado”. Hostilizado por alguns eleitores e, ao mesmo tempo, recebendo cumprimentos de outros, ele garantiu que entrará com algumas ações no Supremo Tribunal Federal (STF). “Até a próxima eleição, ainda tem muita água para rolar”. Cunha manifestou seu voto para vereador (Chiquinho Brazão, do PMDB), mas não quis revelar para quem votou para prefeito, limitando-se a dizer que “com certeza, não votei em quem votou contra mim”, numa alusão ao candidato do PMDB, Pedro Paulo.
O voto da ex-presidente Dilma Rousseff na capital gaúcha foi marcado por um intenso tumulto na tarde deste domingo. Os jornalistas que estavam na Escola Santos Dumont à sua espera foram informados que não poderiam acompanhar o voto da petista. Representantes do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) responsáveis pelo local de votação afirmaram que o juiz Niwton Carpes da Silva, da 160º zona eleitoral, havia proibido que a imprensa acompanhasse a ex-presidente.
O motivo alegado é que, “por ser uma cidadã comum”, ela teria que entrar sozinha na sala de votação, sem a presença nem de fotógrafos nem de repórteres. Dilma estava acompanhada do candidato à prefeitura, Raul Pont (PT), que lamentou o tumulto criado na porta do colégio eleitoral da ex-presidente, que não contou com a atuação de seguranças, nem da Brigada. À imprensa, Pont também cobrou o governador José Ivo Sartori por resposta em relação ao tumulto e falta de proteção à ex-presidente neste domingo, questionando a decisão do Tribunal Regional Eleitoral.
Uma janela da porta de acesso do colégio foi quebrada durante a entrada de Dilma para votar. Para evitar maior confusão, Dilma teve de sair pelos fundos. (Agência Brasil)