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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Conflito

Padilha diz que cabe ao STF intermediar diálogo entre Judiciário e Legislativo

Ministro afirmou que concorda com Renan Calheiros, que vai entrar com ação no Supremo questionando ação da PF

Postado em 25 de outubro de 2016 por Redação
Padilha diz que cabe ao STF intermediar diálogo entre Judiciário e Legislativo
Ministro afirmou que concorda com Renan Calheiros

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta terça-feira (25) que cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) estabelecer o diálogo entre os poderes Judiciário e Legislativo. Perguntado, ele disse concordar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que ontem afirmou que vai entrar com uma ação no Supremo para questionar a ação da Polícia Federal que resultou na prisão de quatro policiais legislativos, na última semana. Segundo Renan, a ação feriu o princípio da separação de Poderes. O presidente do Senado também criticou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

“Foi um momento de posição firme do presidente do Senado. Eu, pessoalmente, entendo que o presidente do Senado tem razão, quando diz que o diálogo com o Senado tem de ser estabelecido pela Suprema Corte”, disse Padilha hoje ao sair da reunião com a Frente da Agropecuária. “Mas essa é uma posição pessoal, e não do governo”, ressaltou.

Ontem (24), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) criticou o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, por autorizar as prisões do chefe da polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho, e mais três policiais legislativos, suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações. Renan também fez críticas ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que criticou a Polícia Legislativa pela suposta obstrução da Lava Jato.

Padilha minimizou os efeitos que essas declarações possam ter para o governo. “Penso que o ministro Alexandre e o presidente Renan são pessoas que têm contribuído muito para o processo de desenvolvimento das ações entre o Executivo e o Legislativo. Esse episódio, em poucos momentos, será coisa do passado porque ambos estavam com a consciência de que estavam cumprindo com seu dever. Isso o tempo vai mostrar e nós temos certeza de que não será nenhuma rusga entre o ministro e o nosso presidente do Senado.”

O ministro manteve o tom otimista também com relação à aprovação, por mais de 370 votos, da PEC que limita os gastos do governo.

“Não tenho dúvida nenhuma de que vamos aprová-la. Tivemos um excepcional desempenho no primeiro turno. Penso que o segundo turno tem tudo para repeti-lo”, afirmou.

“Na semana que vem vamos ver se já conseguimos mandar para o Senado, para ver se o Senado, ainda segundo a vontade do presidente Renan, consegue concluir antes do recesso. Possivelmente até o mês de novembro. O presidente Renan trabalha com essa expectativa. Penso que mais que 308 é muito bom, mas acredito que deveremos ter mais de 370 votos [na Câmara]”, completou. (Foto: Agência Brasil)

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