Putin parabeniza Trump e diz que Guerra Fria acabou
Presidente russo torcia para o republicano e disse “que as relações entre o seu paÃs e os Estados Unidos poderão sair da crise”
Maior adversário dos Estados Unidos, o presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou na manhã de hoje (9) o magnata republicano Donald Trump por sua eleição à Casa Branca. Em pronunciamento que já era esperado, pois Putin explicitamente torcia para Trump derrotar a democrata Hillary Clinton, o líder russo comentou "que as relações entre o seu país e os Estados Unidos poderão sair da crise". As informações são da Agência Ansa.
Putin enviou um telegrama a Trump, que foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos na madrugada de hoje, com 288 delegados no colégio eleitoral, 18 a mais do que o necessário para assumir a Casa Branca. O russo afirmou "estar seguro no diálogo entre Moscou e Washington, que deve se basear no respeito recíproco, atendendo aos interesses dos dois países", divulgou o Kremlin. Os Estados Unidos e a Rússia são os maiores adversários políticos no cenário internacional, em um conflito ideológico e de interesses que perdura desde a Guerra Fria (1945-1991).
Durante toda a campanha eleitoral à Casa Branca, Putin e Trump trocaram elogios. "Ele representa os interesses das pessoas comuns, que criticam aqueles que estão há anos no poder, gente a quem não agrada a transferência do poder por herança", disse Putin meses atrás, em uma clara referência à Hillary, mulher do ex-presidente Bill Clinton.
A candidata democrata chegou a acusar hackers russos de cometer ciberataques e vazar documentos sigilosos.
A Duma, que compõe o Parlamento russo, recebeu com aplausos a notícia da eleição de Trump. “As atuais relações russo-americanas não podem ser chamadas de amigáveis. Esperamos que se possa instaurar um diálogo mais construtitvo entre os dois países após a posse do novo presidente”, comentou o líder da Câmara Baixa russa, Vyacheslav Volodin.
“A Rússia terá um posto central na nova administração norte-americana”, disse o ex-embaixador de Moscou em Washington John Teff.