Corpo de Bombeiros registra 57 mortes por afogamento em 2016
Bombeiros desenvolveram ações de prevenção a afogamentos em escolas públicas
e particulares
de Goiás
Caio Marx
O Corpo de Bombeiros já registrou 57 mortes por afogamento em Goiás neste ano. Com os meses de dezembro e janeiro é comum ter um aumento no número de banhistas em piscinas, lagos e rios, devido as férias de fim de ano. Os bombeiros fazem uma alerta para o aumento nos casos. Segundo a corporação, a maioria das situações de afogamento poderia ter sido evitadas com pequenas ações, como o uso do colete salva-vidas.
Segundo o Ministério da Saúde, todos os anos, mais de 1.100 crianças morrem vítimas de afogamentos no Brasil. O afogamento continua sendo a segunda causa geral de morte na faixa etária de 5 a 9 anos. O Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, com intuito de evitar novos casos de afogamento no período das férias escolares aumentou as palestras e demonstrações nos últimos meses em escolas públicas e particulares, com objetivo de reforçar as medidas de prevenção a afogamentos.
A corporação alerta para riscos de novos casos de afogamento nesta última semana do ano, devido a muitas comemorações serem realizadas em espaços com piscinas e às margens de rios e lagos. Outro fator preocupante é o consumo excessivo de bebidas alcoólicas nesta época, isso faz com que as pessoas percam o equilíbrio, o folego além do medo por locais profundos.
Em Goiás, um dos locais onde houve um dos maiores índices de afogamento neste ano é o Rio Paranaíba, em Itumbiara, no Sul goiano. No local, existe placas alertando sobre os perigos de tomar banho no trecho considerado inadequado para nado, pelo fato de ter pontos do rio com mais de 30 metros de profundidade, porém vários banhistas ignoram os avisos e acabam se afogando.
Prevenção
Em entrevista a reportagem do O Hoje, o Soldado Luciano Melo alerta sobre os principais riscos de afogamento, pois geralmente ocorre de forma rápida e silenciosa. “A supervisão de um adulto é essencial para evitar riscos, em casa é extremamente importante saber que apenas um pouco de água em um balde representa um alto perigo para uma criança que está aprendendo a andar”, alerta o soldado.
Ainda segundo o bombeiro, em dois minutos que uma criança está submersa ela perde a consciência, a partir de quatro minutos é suficiente para que uma criança fique com danos eternos no cérebro. “Sempre informamos que medidas como usar o colete salva-vidas em locais com bastante água, esvaziar banheiras, baldes, piscinas infantis, além de abaixar a tampa de vasos sanitários é fundamental pois um grande número de crianças se afogam em sanitários da própria residencia”, afirma o bombeiro militar.