Defesa de Dilma pede acesso urgente a documentação colhida pela PF
Três gráficas que prestaram serviço à chapa Dilma-Temer foram alvo de diligências da Polícia Federal (PF), a pedido do TSE
A
defesa da ex-presidente Dilma Rousseff protocolou uma petição no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) para ter acesso urgente às provas produzidas nas
diligências realizadas na última terça-feira (27) pela força-tarefa que
investiga as contas da chapa Dilma – Temer em 2014.
Na petição,
protocolada na noite de ontem (27), os advogados Arnaldo Versiani, Flavio
Caetano e Renato Moura Franco afirmam a perplexidade da defesa pelo fato de as
diligências terem sido autorizadas durante o recesso do Poder Judiciário, sem o
acompanhamento de auxiliares dos acusados.
Eles
também questionam a decisão do relator da ação, ministro Herman Benjamin, que
determinou a audiência de pessoas físicas envolvidas diante do juiz auxiliar,
Bruno Lorencini, sem que as partes envolvidas no processo estivessem presentes
ou fossem intimadas.
“Causa
perplexidade que tal decisão permita que sejam colhidos depoimentos pelo juiz
auxiliar, em sede do Poder Judiciário, sem o indispensável acompanhamento pelos
advogados das partes, violando o princípio da ampla defesa e do contraditório”,
escreveram os advogados de Dilma.
Eles
pedem ainda que qualquer perícia em documentos colhidos nas diligências, a ser
realizada pela força-tarefa que trabalha no caso, não seja feita sem o
acompanhamento de auxiliares técnicos das partes envolvidas no processo.
Ontem
(27), três gráficas que prestaram serviço à chapa Dilma-Temer foram alvo de
diligências da Polícia Federal (PF), a pedido do TSE. O ministro Herman
Benjamin ordenou ainda a quebra de sigilio de 15 pessoas físicas e jurídicas,
que segundo ele “demonstraram indícios de irregularidades nos dispêndios
eleitorais”.
Pouco
depois das diligências, a defesa de Dilma divulgou nota criticando a decisão do
ministro e afirmando que a contratação das gráficas em 2014 atendeu a todos os
requisitos legais e de prestação de contas.
Segundo
a defesa, falta à Justiça analisar mais de 8 mil documentos, em 37 volumes, que
comprovam a legalidade dos serviços prestados.
Ontem,
após participar de evento em Maceió, o presidente Michel Temer disse que a
operação da PF não o preocupa. “Isso é natural. Não há nenhuma irregularidade
nisso. A investigação segue adiante com depoimentos, perícias, fatos como esse
que visam instruir processo que está no Tribunal Superior. Nenhuma
preocupação.”
(Agência Brasil)