Marconi anuncia R$ 300 milhões para manutenção de rodovias em 2017
Os recursos, segundo o governador, virão de um fundo constitucional que substituirá o Fundo de Transportes
O governador Marconi Perillo (PSDB) informou nesta quarta-feira (28) que em 2017 vai destinar R$ 300 milhões exclusivamente para a manutenção dos mais de 22 mil quilômetros de rodovias estaduais. O anúncio foi feito durante a inauguração da reconstrução dos 65 quilômetros da GO-210, trecho Goiandira/Nova Aurora/Corumbaíba, obra em que o Governo do Estado investiu R$ 18,9 milhões, por meio do programa Rodovida Reconstrução.
Os recursos, segundo o governador, virão de um fundo constitucional que substituirá o Fundo de Transportes que, desde 2012 já financiou a reconstrução da pavimentação de mais de 5,5 mil quilômetros em todas as regiões do Estado. O caixa será formado com recursos provenientes do imposto sobre combustíveis e do Detran. A lei foi aprovada e já está em vigor. “Esse dinheiro será apenas para manutenção. A verba para reconstrução e novas pavimentações é outra”, salientou.
Marconi disse esperar que ao final de 2017 todas as rodovias pavimentadas do Estado estejam em perfeitas condições. Ele declarou que ao inaugurar a reconstrução da GO-210 (Rodovia Estadual Hortêncio Carneiro de Pádua) cumpria o compromisso assumido com a região de que a obra seria entregue até o final do ano. Todos os prefeitos e lideranças políticas presentes nas solenidades, ocorridas na entrada das três cidades, testemunharam que o governador havia garantido que a Agetop, ao invés de tapar buracos iria reconstruir a rodovia.
“O senhor prometeu e cumpriu. Foi além ao ter sido o primeiro governador a entender que perímetro urbano também faz parte da rodovia. Hoje a GO-210, que atravessa a cidade, está toda recuperada e sinalizada”, disse o prefeito de Goiandira, Erick Marcus (PTB).
O prefeito eleito Odemir Moreira (PSDB) disse que “só quem usa a rodovia diariamente sabe a importância dessa obra. Tem gente que, por não ter o que fazer, fica dizendo que a obra é pequena, tem só 65 quilômetros. Pra quem precisa dela, é muita coisa”. O novo prefeito aproveitou a ocasião para informar que na audiência que terá com o governador no Palácio Pedro Ludovico em janeiro irá solicitar recursos para consolidar o Polo Industrial de Goiandira. “Se esta for sua reivindicação, pode contar comigo”, respondeu Marconi.
Odemir ainda agradeceu o governador por ter liberado, neste mês, duas parcelas da ajuda que o Estado tem dado ao Hospital Municipal. “O governador nos prometeu que antes de terminar o ano nos liberaria uma parcela. Foi além e nos deu R$ 100 mil, correspondente a duas parcelas, para aplicarmos no hospital”, salientou.
Também o prefeito reeleito de Nova Aurora, Vilmar do Carajá (PT) enalteceu a obra. “É necessário registrar que o governador realmente disse que faria a reconstrução e não apenas um tapa-buracos. A obra ficou ótima e todos nós só temos a agradecê-lo pela atenção e carinho à nossa região”, disse.
Nova Aurora foi uma das poucas cidades em que o governador Marconi Perillo não conseguiu vencer nas eleições de 2014. “Nem por isso eu a discriminei e nem discriminei o prefeito, com quem sempre tive um excelente relacionamento e com o qual firmei parcerias. Temos que continuar a olhar para o povo e não para os partidos e seus membros”, declarou o governador.
Vilmar do Carajá tem audiência agendada com o governador Marconi Perillo para janeiro. “Vamos estabelecer uma nova aliança administrativa com o prefeito e ver quais as parcerias conseguiremos firmar”.
Romário Vieira (PR), prefeito de Corumbaíba, que está no final de seu quarto mandato, disse que o governador “é homem de palavra, que cumpre aquilo que promete”, ao se referir ao compromisso de entregar a reconstrução da GO-210 antes do final de dezembro.
“Você terminou bem o seu mandato, de cabeça erguida. Elegeu o seu sucessor, mostra de que a população aprovou o seu desempenho”, reconheceu o governador.
“Governar nessa época de crise, se a gente não tiver maturidade, criatividade, um pouco de inteligência e muita disposição para trabalhar, não dá conta. Os problemas relacionados à administração são grandes demais. Se a gente cochilar um minuto acaba por ter graves problemas”, discursou o governador no trevo de entrada de Goiandira.
Marconi, que percorreu de carro os 65 quilômetros da GO-210, disse que tem enfrentado muitas dificuldades para vencer a crise. “Vencer essa crise não é fácil. O Brasil ficou mais pobre 8,5% em dois anos e três meses. Enquanto a China cresce até 10% todos os anos, o Brasil encolhe quase 10% em dois anos”.
“Apesar disso – destacou – em Goiás nós conseguimos o equilíbrio. Neste período em que sou governador, Goiás multiplicou sua riqueza por dez vezes. Tínhamos um PIB de R$ 17 bilhões, em 1998, e chegamos em 2014 a R$ 170 bilhões, além de termos multiplicado nossas exportações em 25 vezes”.
Recordou que lhe coube a tarefa de liderar o processo de austeridade das finanças dos estados brasileiros. “Discuti com o ministro da Fazenda e com o presidente Temer o pacote dos estados para equilibrar as contas. Nós não podemos ficar só cuidando na crise de hoje. Temos que pensar no futuro”, acrescentou.
“Tive a preocupação que outros estados não tiveram. Se eu não tivesse tomado medidas lá atrás nós não estaríamos aqui hoje com folha de servidores paga. Tem governador parcelando o 13º para pagar em seis vezes ou mais no ano que vem”, sentenciou.
O governador informou também que até o final do dia estaria completando 106 audiências com prefeitos eleitos. “Em janeiro recebo mais 84 e em fevereiro termino de receber todos eles”, disse ao anunciar que sua previsão para 2017 é a de investir R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão da venda da Celg e o outro bilhão das economias que está projetando para o próximo ano. “Só com os prefeitos eu quero investir R$ 400 milhões nos próximos dois anos. Para o ano que vem eu já assegurei os R$ 200 milhões iniciais”, garantiu.
Por fim, disse estar terminando o ano com a sensação do dever cumprido. “É claro que eu tenho os meus defeitos, mas tenho também muitas qualidades, uma delas é de antever o problema e enfrentá-lo na hora certa. Esse é um mérito que nós temos. É pensar o Estado lá na frente para que não tenhamos os dissabores que outros estados estão tendo”, finalizou.