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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Venda de cédulas falsas é feita até pelas redes sociais

Quem for flagrado falsificando, fabricando ou alterando notas pode pegar pena de reclusão de três a doze anos, além de multa

Postado em 3 de janeiro de 2017 por Sheyla Sousa
Venda de cédulas falsas é feita até pelas redes sociais
Quem for flagrado falsificando

Caio Marx

As redes sociais tornaram-se uma ótima oportunidade para quem quer vender e comprar produtos novos ou usados. Porém, não são todas as coisas que podem ser vendidas na internet. As ofertas de notas falsas de dinheiro em grupos de compra, venda e troca em redes sociais e aplicativos tem chamado bastante atenção dos internautas e das autoridades.

Geralmente os vendedores garantem que as notas são replicas perfeitas, os preços são à combinar, além da facilidade do pagamento, com o consumidor fazendo depósito somente quando as notas já estiverem em mãos. O anunciante garante a entrega das notas, via sedex. Outros anúncios nas redes sociais são frequentes, com garantia da marca d’água nas cédulas e aprovação no teste da caneta, que comprova a autenticidade das notas. Os custos das notas dos post geralmente são a troca de uma nota verdadeira por três falsas. As notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 são anunciadas em pacotes de R$ 150 e R$ 200.

De acordo com a Polícia Federal (PF), as ofertas de notas falsas na internet é um crime grave. Nos casos em que denúncias são realizadas, as investigações são efetuadas com a identificação do Internet Protocol (I.P), um número de identificação de cada computador, possibilitando que o falsário possa ser identificado.

A Polícia alerta á população para registrar boletim de ocorrência nas delegacias, assim que receberem notas falsas. Com isso será realizado confirmação de autenticidade, para que posteriormente seja aberta uma investigação para apuração da origem das cédulas. Segundo a PF, os comerciantes devem seguir algumas dicas para não adquirir notas falsas como não ter pressa no momento do atendimento, verificar a marca d’água colocando a nota contra a luz, observar a textura da nota e caso suspeite comparar com uma nota verdadeira.

Nem todos esses cuidados livrou o motorista de taxi Rogério Araújo (nome fictício) de pegar uma nota de R$ 100 falsificada. Neste fim de semana ele foi solicitado para uma corrida dentro de Goiânia para levar um pessoal a uma festa na cidade. “Eu tenho aquela caneta que identifica as notas falsas, mas a réplica era tão bem feita que passou no teste. Só quando cheguei em casa que pude verificar com mais calma e percebi que era dinehrio falso”, lamenta. 

Nem as cédulas de baixo valor escapam 

As notas falsas preocupam comerciantes, principalmente as notas falsas de R$ 10 e R$ 20 que passam despercebidas devido ao baixo valor. As notas de R$ 50 e R$ 100 também estão circulando no comércio, porém em menor quantidade.

Inconformado com o aumento de notas falsa no mês de dezembro, Valdecir Mendes, de 62 anos, proprietário de um supermercado na região Sudoeste da capital informa que investiu na compra de canetas e maquinas de verificação de cédulas, mesmo assim, já identificou inúmeras notas falsas em seu caixa. 

“Em novembro eu adquiri a máquina que sob luz negra aparecem filamentos prateados espalhados no papel nas cédulas verdadeiras, e em canetas que ao riscar as notas verdadeiras, o risco deve desaparecer. Porém, as meninas do caixa faziam maior verificação nas notas de alto valor. Com isso, houve um alto número de notas de R$ 20,00 falsas no caixa, apenas neste mês já contamos uns 15 casos”, lamenta o comerciante.

De acordo com o artigo 289 do Código Penal, quem for flagrado falsificando, fabricando ou alterando, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro pode pegar pena de reclusão de três a doze anos e multa. Caso o laudo da perícia afirme que a nota falsa não é capaz de enganar as pessoas, ou seja, quando a falsificação é mal feita, o crime é caracterizado como estelionato. 

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