Uma semana após temporal, árvores permanecem caídas
Galhas secas oferecem risco
de queima. Nova gestão da
Comurg deverá normalizar
os serviços em Goiânia

Wilton Morais
Após o temporal que atingiu a capital, na segunda-feira retrasada (26), as árvores caídas na cidade estão oferecendo riscos para a população. A maior preocupação dos moradores da região Sudoeste, onde a chuva foi mais intensa, é que alguém coloque fogo nelas, que já estão com as folhagens secas. No local mais crítico, na Avenida Castelo Branco, após a queda, a remoção da árvore foi realizada para uma calçada de uma serralheria. A altura dos galhos secos chega próxima a fiação, ultrapassando a altura do ponto de ônibus.
“Os galhos tampam toda a visão da serralheria, não há nem como andar pela calçada”, disse o funcionário Ítalo Rander. “Está horrível essa visão. É um descaso para a população que pagas impostos. Um risco para fiação elétrica”, indaga a passadeira Telma Carneiro. Na mesma avenida, vários outros galhos e outra árvore de grande porte estão sobre o canteiro central.
Os moradores também denunciam o abandono em outras partes da cidade, na Rua Flemington, na Vila Bela, o consultor de negócios pela internet Luciano Martins, relata que a árvore deixada na calçada, faz aniversário de 20 dias. “Pessoas jogam lixo em cima das galhas. É lamentável, amontoaram os galhos, mas não os recolheram”, disse Luciano.
Jamelão
Na Avenida Consolação, as árvores caídas, devido ao temporal do dia 26, são somadas a outros galhos de podas realizadas pela prefeitura, para evitar acidentes com as frutas de Jamelão. Aquelas frutinhas responsáveis pela queda de motociclistas, está deixando a rua com uma aparência assustadora. A pouco mais de uma distância de um metro, umas porções de galhos atomotoados dão uma nova característica à avenida. “A prefeitura simplesmente podou e abandonou os galhos. Se nem o lixo orgânico estão pegando, as galhas então, muito menos”, disse o representante comercial Antonio Rocha.
O novo presidente da Companhia de Hurbanização de Goiânia (Comurg), Denes Pereira Alves contou à reportagem do O Hoje que a ordem do prefeito Irís Rezende é que as galhas e o lixo da cidade sejam recolhidos de forma imediata. “Chegamos à Comurg, segunda-feira (2), ao meio dia. Os caminhões estavam sem pneus, faltando peças. Ontem (3), já começamos a arrumar os carros e logo estaremos fazendo a limpeza da cidade”, disse o presidente.
Segundo Denes, a tromba d’água que atingiu Goiânia no dia 26 causou a queda de 169 árvores. “Para resolver o problema, combinamos com as empresas que fornecem peças e caminhões para a prefeitura, que aquilo que fosse entregue, a partir desta segunda-feira (2), a nova gestão da prefeitura pagaria a conta”.
A expectativa do presidente da Comurg é que no Maximo em uma semana, a sociedade tenha uma resposta com a normalização de coletas das galhas, do lixo orgânico e remoção de entulho. “A determinação é trabalhar os três turnos”, revela Denes.