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segunda-feira, 2 de setembro de 2024
Prefeitura

Dez municípios de Goiás podem ter novas eleições

Prefeitos eleitos em outubro podem ser substituídos caso o TRE ou o TSE decidam por eleições suplementares

Postado em 13 de janeiro de 2017 por Sheyla Sousa
Dez municípios de Goiás podem ter novas eleições
Prefeitos eleitos em outubro podem ser substituídos caso o TRE ou o TSE decidam por eleições suplementares

Mardem Costa Jr.

Os eleitores de pelo menos dez cidades goianas poderão voltar às urnas para a escolha de um novo prefeito, caso a Justiça Eleitoral indefira o registro dos primeiros colocados na disputa de outubro do ano passado. A eleição só será definida após as ações transitarem em julgado – sem a possibilidade de novos recursos. Apesar da situação irregular, a maior parte dos gestores considerados sub judice foram diplomados e tomaram posse no último dia 1º.

Com exceção de Avelinópolis e Campinaçu, os demais municípios já tiveram alguma decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tanto o Ministério Público Eleitoral (MPE) quanto às chapas derrotadas ainda poderão recorrer das decisões das cortes eleitoral regional e nacional.

Os crimes de natureza eleitoral, como a compra de votos, ou improbidade administrativa em mandatos anteriores são as principais causas para o indeferimento ou cassação das chapas, de acordo com o TRE goiano. A Lei da Ficha Limpa, que veda a candidatura de pessoas que tenham sido condenadas por um órgão colegiado, tornando-se assim inelegíveis.

Decidida por eleições suplementares, estas poderão ser realizadas em doze datas chanceladas pelo TSE. As instruções para a realização destas são estabelecidas por meio de resolução específica, aprovada por cada TRE.

Ex-prefeitos

Valdeto Rodrigues (PSB), eleito em Niquelândia, a cerca de 300 quilômetros de Goiânia é considerado inelegível pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter pratico ato doloso de improbidade administrativa quando foi prefeito da cidade entre 1993 e 1996. 

O socialista e seu irmão, então secretário de Finanças, foram acusados pelo MPF pelo desvio de R$ 446 mil do Fundo Nacional de Educação Básica (FNDE). Em outra condenação, Rodrigues foi punido pelo atraso na prestação de contas de recursos destinados a projetos sociais, enviados pela então Secretaria Especial da Solidariedade Humana da Goiás (hoje Secretaria de Cidadania).

Após um longo período ausente das disputas eleitorais, Divino Lemes (PSD) disputou a prefeitura de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, aproveitando o rompimento político entre os ex-prefeitos Vanderlan Cardoso (PSB) e Misael Oliveira (PDT).

Lemes, que geriu a cidade de 1997 a 2004, também foi condenado por improbidade administrativa. O pessedista doou área pública para uma empresa privada que seria de propriedade de um vereador sem avaliação do terreno ou concorrência pública. O Ministério Público também o considera ficha suja. 

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