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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Cidades

Goiânia tem déficit de agentes de trânsito

A Secretaria Municipal de Trânsito de Goiânia (SMT) tem 80% a menos do número de agentes ideal para trabalhar nas ruas

Postado em 13 de janeiro de 2017 por Sheyla Sousa
Goiânia tem déficit de agentes de trânsito
A Secretaria Municipal de Trânsito de Goiânia (SMT) tem 80% a menos do número de agentes ideal para trabalhar nas ruas

Bruna Policena

A Secretaria Municipal de Trânsito de Goiânia (SMT) tem atualmente 312 funcionários agentes de trânsito contratados, em que menos de 250 são responsáveis pela fiscalização de rua. E de acordo com orientação do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), o ideal seria que houvesse um agente para cada mil veículos, e assim seria possível um trabalho mais eficaz e intensivo.

No entanto, Goiânia tem uma frota de mais de 1,2 milhões de veículos, e não há agentes suficientes nem condições de trabalho para que as ações de fiscalização e prevenção da secretaria tenha algum resultado aparente. A assessora Andreia Gonçalves, do Sindicato dos Agentes de Trânsito de Goiânia (Sinatran), afirma que “a falta de contingente humano, de agente fiscalizador é gritante”.

A necessidade de um novo concurso para ampliar a equipe de trânsito é de extrema urgência, já que trabalham com 20% do número de agentes que deveria ter. Pela orientação, deveriam ser 1,2 mil agentes só em Goiânia para poder atender a frota de veículos da capital. No entanto, o sindicato afirmou que não está previsto ainda nenhuma oferta de concurso para novas vagas.

O sindicato reivindica melhores condições de trabalho, que de acordo com um agente que não quis se identificar, são situações de precariedade, em que nem água para beber ele tem. Além dos problemas estruturais com as viaturas e equipamentos, que faltam ou estão em manutenção. São problemas recorrentes e que também influenciam na qualidade do trabalho dos agentes. O processo de sucateamento teve inicio em 2013, quando era uma agência e passou a ser secretaria. 

Antes, Agência Municipal de Trânsito (AMT), era um sistema de autarquia, que de acordo com o sindicato, favorecia a autonomia administrativa e financeira. As arrecadações das multas eram direcionadas diretamente para a instituição, e a verba era gerida e revertida de forma mais rápida para o trânsito. Ao tornar-se secretaria, o órgão passou a ser gerido pelo município e o dinheiro vai primeiramente para um fundo único.

A forma de distribuição da verba é burocrática e lenta, e de acordo com o sindicato, não condiz com a dinâmica do trânsito, que precisa de ações rápidas e eficazes e a administração independente facilita neste sentido. “É necessário ter uma gestão mais proficiente e para isso uma maior autonomia administrativa e financeira. E isso só vai acontecer se a secretaria voltar a ser uma autarquia”. 

Ao entrar em contato com a própria secretaria, O Hoje encontrou dificuldades em obter informações por conta do órgão ainda estar, até a tarde de ontem (12), sem diretoria e secretários nomeados. O sindicato e os agentes esperam que na nova gestão, o prefeito formate a secretaria, “retomando para uma autarquia, e assim ter condições de fazer uma administração mais equânime com aquilo que o trânsito necessita”, completa Andreia.

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