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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Polícia Federal

Justiça decreta nova prisão preventiva de Sérgio Cabral

Ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, está preso desde novembro do ano passado, suspeito de receber propina para fechar contratos públicos

Postado em 26 de janeiro de 2017 por Renato
Justiça decreta nova prisão preventiva de Sérgio Cabral
Ex-governador do Rio de Janeiro

A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro expediu um novo
mandado de prisão preventiva do ex-governador Sérgio Cabral. Cabral está preso
desde 17 de novembro, sob a acusação de receber propina para fechar contratos
públicos no estado. Além dele, outras duas pessoas já presas desde o ano
passado também tiveram novo mandado decretado: o ex-assessor de Cabral Carlos
Miranda e o ex-secretário Estadual de Governo Wilson Carlos.

Policiais federais também cumprem mandados de prisão
preventiva contra outras seis pessoas por envolvimento no mesmo esquema,
entre elas o empresário Eike Batista e o advogado Flávio Godinho,
vice-presidente de futebol do Clube de Regatas do Flamengo. Também há mandados
de prisão contra Álvaro Novis, Sérgio de Castro Oliveira, Thiago Aragão
(Ancelmo Advogados) e Francisco Assis Neto.

Quatro mandados de condução coercitiva foram expedidos pela
Justiça. Os alvos são a ex-mulher de Cabral Susana Neves, o irmão do
ex-governador Maurício Cabral, Eduardo Plass e Luiz Arthur Andrade Correia.
Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em 27 endereços no Rio de
Janeiro.

De acordo com o Ministério Público Federal, a operação de
hoje, chamada Operação Eficiência, investiga a ocultação de mais de 100 milhões
de dólares (R$ 317 milhões), através de remessas para o exterior. Em apenas um
ano, de agosto de 2014 a junho de 2015, a organização criminosa movimentou R$
39,7 milhões, segundo os procuradores responsáveis pela investigação.

Segundo o MPF, um dos esquemas investigados é o pagamento de
uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador por Eike Batista e Flávio
Godinho, do grupo EBX, a pedido de Cabral, usando a conta Golden Rock no TAG
Bank, no Panamá. Para dar uma aparência de legalidade à negociação, foi fechado
um contrato de fachada para a compra de uma mina de ouro entre a empresa
Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia
Associados.

Eike Batista, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem
tentado atrapalhar as investigações. Com o auxílio de colaboradores, o MPF já
conseguiu repatriar cerca de R$ 270 milhões, que estão à disposição da Justiça Federal
em conta aberta na Caixa. A força-tarefa está solicitando cooperação
internacional para o bloqueio e posterior repatriação dos valores ainda ocultos
em outros países.

Foto: Reprodução (R7) 

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