Venceslau Pimentel

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB) ainda nem completou um mês de mandato e já conseguiu ampliar a sua base de apoio político, atraindo presidentes de partidos que apoiaram outros candidatos nas eleições de outubro do ano passado.

De quatros partidos coligados, em 2016, o peemedebista já agregou ao seu leque de aliados seis legendas que apoiaram seus adversários, e também filiados de pelo menos outras duas siglas. Todos eles estão “alojados” na administração, em cargos do primeiro e segundo escalões.

Três partidos que apoiaram Vanderlan Cardoso (PSB), agora estão ao lado de Iris. O primeiro deles é um vereador Felisberto Tavares, que preside o PR em Goiânia. Ele assumiu o comando da Secretaria de Trânsito e Transportes. O segundo é o presidente estadual do PSDC, Alexandre Magalhães, que abocanhou a Agência Municipal de Turismo e Lazer.

Magalhães, que se candidato ao governo do Estado, no pleito de 2014, lançou-se candidato a prefeito, mas retirou o seu nome da disputa dias depois. Em nota, criticou a imprensa, disse ser impossível fazer política por idealismo e, durante a pré-campanha, afirmou ter percebido que os partidos políticos “são uma verdadeira fábrica de negociatas de interesses particulares e com muito jogo sujo”.

A terceira legenda que aderiu ao irismo foi o PV do presidente estadual Eduardo Zarats, escolhido pelo prefeito para a Superintendente da Secretaria de Finanças. Ele já presidiu a Metrobus. Ex-candidato a vereador de Goiânia (ficou na suplência), Zarats chegou a ser secretária estadual de Desenvolvimento da Região Metropolitana, em 2013.

Já o PHS, que também apoiou Vanderlan, indicou o ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Samuel Almeida, como titular da Secretaria de Governo. Ele trocou o PSDB pela nova legenda partidária.      

Outro partido que se coligou ao PR de Vanderlan, o PRB, indicou Macxuwel Novais Ferreira para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia.

Iris também conseguiu atrair para a sua base de apoio do presidente do PROS, Rodrigo Melo, dando-lhe a Secretaria de Administração. Presidente da legenda, Melo comandava a Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), na gestão do ex-prefeito Paulo Garcia (PT). Por isso, nas eleições municipais, hipotecou apoio à então candidata petista Adriana Accorsi.

Sem ter sucesso na tentativa de se reeleger vereador da capital, Fábio Caixeta (PSD) assumiu a Diretoria de Administração e Finanças do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPSM). O seu partido, que tem o secretário estadual de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha como presidente do partido em Goiás, lançou a candidatura a prefeito do deputado estadual Francisco Júnior.

Mesa Diretora

Quem também integra a equipe do prefeito é Marcelo Ferreira da Cosa de Souza para a Secretaria Municipal e Educação Marcelo Ferreira da Costa de Souza. Ele foi coordenador das Escolas de Tempo Integral do governo estadual e superintendente executivo da Secretaria Estadual de Educação.

A costura política do inquilino do Paço Municipal também passou pela articulação da composição da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores, presidida pelo peemedebista Andrey Azeredo. O PRB conseguiu emplacar o vereador Rogério Cruz como segundo vice-presidente da Câmara; o PSDC indicou Jair Diamantino como 4º secretário; o PROS ficou com a primeira vice-presidência com Vinícius Cirqueira. Por sua vez, o PEN, que apoiou Adriana Accorsi, ganhou a 1ª secretaria com Zander Fábio. Por fim, o PSC, que apoiou Vanderlan, emplacou Leia Klebia como 3ª secretária.