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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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Parceria

Países da Parceria Transpacífico se articulam para manter o tratado

Com a saída dos Estados Unidos, os outros países do grupo começaram a se articular para a manutenção do tratado

Postado em 31 de janeiro de 2017 por Redação
Países da Parceria Transpacífico se articulam para manter o tratado
Com a saída dos Estados Unidos

Apesar de muitos analistas considerarem que a Parceria
Transpacífico (Trans-Pacif Partnership – TPP, na sigla em inglês) não
resistiria à saída dos Estados Unidos do grupo, os outros países do grupo
começaram a se articular para a manutenção do tratado com novas perspectivas.
As informações são da Radio France Internacionale.

Assinado em 2015 por 12 países banhados pelo Oceano Pacífico
(Austrália, Brunei, Canadá, EUA, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia,
Peru, Cingapura e Vietnã), o tratado ainda não entrou em aplicação. Mas, mesmo
antes de Trump anunciar a saída dos EUA do TPP, o ministro do Comércio da
Austrália, Steven Ciobo, já havia abordado, durante o Forum de Davos, na Suíça
(em janeiro), a possibilidade de existir um “TPP 12 menos um”.

Com a saída dos EUA, as articulações começaram e a China –
antes vista como uma ameaça pelo grupo do TPP – hoje pode se tornar um parceiro
de peso. Tanto que a Austrália já sinalizou a Pequim essa possibilidade.
“Haveria perspectivas de reformular o tratado (…) para incluir países
como Indonésia ou China, e outros”, declarou à Australian Broadcasting
Corporation, o primeiro-ministro australiano Malcom Turnbull.

Negociações ativas

Recentemente Turnbull reiterou que seu governo está tendo
discussões ativas com outras nações do TTP como Japão, Nova Zelândia e
Cingapura. Ele não descarta que a política americana mude sua posição um dia,
já que muitos republicanos são favoráveis ao acordo. Mas também não exclui que
“é possível que o TPP siga em frente sem os Estados Unidos”.

O primeiro-ministro neo-zelandês, Bill English, afirmou que
após a decisão de Washington, Pequim “não demorou em ver uma
oportunidade” para se convidar para o TPP. E se referiu à vontade “de
fazer um esforço por ver no que o Tratado pode se transformar-se, em vez de
abandoná-lo e esperar um telefonema (de Washington) em relação a um eventual
acordo bilateral”, já que Trump anunciou sua intenção de negociar acordos
bilaterais mais favoráveis para Washington.

Enquanto isso, a China, excluída do TPP desde o início,
lançou sua própria iniciativa, a Associação Econômica Integral Regional (RCEP
na sigla em inglês), que reúne os dez países-membros da Associação de Nações do
Sudeste Asiático (ASEAN) e seus parceiros comerciais regionais (China, Japão,
Austrália, Índia, Coreia do Sul e Nova Zelândia). A RCEP também pretende
suprimir barreiras tarifárias e não tarifárias, mas é muito mais flexível do
que o TPP sobre as normas regulatórias, em particular as ambientais e sociais.

Em uma entrevista recente  à imprensa, a porta-voz do
Ministério de Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, se mostrou evasiva
sobre uma eventual participação de seu país no TPP, limitando-se a dizer que a
China apoia os acordos comerciais “abertos, transparentes e em que todos
ganham”.

Para os analistas econômicos, a China pode se interessar em
entrar para o TPP, mas como sua economia não está no melhor momento, a chance
de que isto aconteça é muito pequena. Já o Japão defende um acordo com os
Estados Unidos, não vendo muito sentido prosseguir no TPP sem o Tio Sam.
(Agência Brasil) 

Foto: reprodução 

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