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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
Iluminação

Postes abandonados pela Celg continuam a gerar transtornos

Moradores do Setor Jardim Europa e Parque Anhanguera relatam que estruturas se tornaram criadouros do mosquito da dengue

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 15 de fevereiro de 2017
Postes abandonados pela Celg continuam a gerar transtornos
Moradores do Setor Jardim Europa e Parque Anhanguera relatam que estruturas se tornaram criadouros do mosquito da dengue

035bc039163430fa163ba8c244eb4dc7Caio Marx

Quase três meses após o corpo de um homem ser encontrado em decomposição dentro de um poste do Setor Jardim Europa, em Goiânia, as estruturas metálicas continuam deitadas nos canteiros centrais de várias vias da região Sudoeste da Capital. Os postes foram abandonados há mais de três anos na espera de novas instalações de obras de expansão de uma rede elétrica de alta tensão, realizadas pela Companhia Energética de Goiás (Celg).

A obra foi suspensa há dois anos pela estatal federal Eletrobras, após um relatório do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID) apontar várias falhas no projeto de implantação da rede. Os moradores da região suplicam para que as estruturas sejam retiradas do local devido a vários transtornos ocasionados, desde criadouros de mosquito da dengue á trafico de drogas.

Para Otávio Ferreira, de 41 anos, proprietário de uma ferragista na Avenida Contorno do Sul bem próximo aos postes, nem a morte do idoso fez com que a Celg tomasse alguma atitude sobre o caso. “Os postes continuam abandonados nos canteiros das avenidas, o órgão responsável deveria ter o mínimo de respeito com a população e os retirar daqui. Vários problemas já foram gerados e após o corpo de um idoso ser encontrado dentro de um deles, nós achávamos que uma atitude seria tomada, mas nada foi feito pela Celg”, critica o comerciante.

A dona de casa, Rita de Castro, de 48, reside na Avenida Madrid, no Jardim Europa, ela denuncia que as estruturas se tornaram criadouro de mosquito da dengue e ainda são utilizados para o tráfico de drogas diariamente. “Todos os dias, eu e meu marido temos que sair á noite para ir ao supermercado. Com isso, sempre vemos as pessoas deixando ou pegando coisas dentro de algum dos postes, rapidamente, outra pessoa passa e recolhe o que estava dentro. Infelizmente, os postes já se tornaram ponto de armazenamento de droga”, lamenta a dona de casa.

Investigação

A Polícia Civil acredita que a morte do carpinteiro Dagoberto Rodrigues Filho, de 68 anos, encontrado dentro de um poste no mês de novembro do ano passado, foi devido á causas naturais, pelo fato do idoso ter um transtorno mental e costumar passar até cinco dias fora de casa. Porém, a corporação não descartou outras linhas de investigação, como homicídio.

O delegado Francisco Costa Júnior acredita que o corpo do idoso tenha ficado dentro da estrutura por até 15 dias. Segundo o delegado o poste é usado em redes de alta tensão, mas pelo fato de ser oco, possui uma abertura na parte de baixo, facilitando a entrada de uma pessoa.

A Celg informou que ainda não tirou os postes do local porque espera a obtenção do alvará de construção e renovação da licença ambiental da Prefeitura de Goiânia para, então, continuar as obras de implantação da linha de alta tensão. De acordo com a companhia, o sistema é “imprescindível” para a melhoria do sistema e atendimento aos próprios moradores.

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