Mulher grávida está desaparecida há 12 dias
A diarista, grávida de oito meses, foi vista pela última vez no Jardim Tiradentes, em Aparecida de Goiânia, onde morava
Elisama Ximenes
Hoje faz 12 dias que Silvânia Maurício Araújo, de 31 anos, está desaparecida. A diarista estava grávida de oito meses e, segundo informações de sua irmã Marivânia Maurício Araújo, 29, o parto estava previsto para o dia 23 de março. Ela foi vista pela última vez no sábado (18) no Jardim Tiradentes, em Aparecida de Goiânia, onde morava. Desde então, a família e polícia não tem novas notícias sobre Silvânia e, inclusive, receberam diversas informações falsas sobre seu possível paradeiro.
O delegado Carlos Leveger, do 6º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, informou que, segundo as testemunhas, no dia do desaparecimento, Silvânia andou por distribuidoras na região. Quem notou seu sumiço foi o aposentado Damiel Feitosa, em cuja casa, Silvânia fazia faxinas às sextas-feiras. Ele comunicou seu desaparecimento à família, depois de ter ido à sua casa na segunda-feira (20) e não tê-la encontrado. Maria do Carmo Araújo, sua irmã, chegou de Tocantins, onde sua família mora, na quarta-feira e comunicou o sumiço de Silvânia à Polícia Civil.
Desde então, uma equipe do 6º DP cuida do caso. Segundo Leveger, a PC recebeu 17 denúncias e, no feriado, agentes participaram de uma força-tarefa para verificar as informações. De acordo com o delegado, as denúncias vieram de locais tão diversos, que a equipe chegou a percorrer mais de 100 km para verificar. Entretanto, nenhuma denúncia foi confirmada. Na tarde de ontem, ainda, o delegado escutava mais testemunhas. Com o decorrer das investigações, soube-se de gente que havia visto a vítima no dia 18 e que ainda não havia prestado depoimento na delegacia.
Ainda não há nenhum suspeito principal do possível crime. Marivânia desconsidera uma fuga da irmã, já que ela se demonstrava ansiosa pela chegada do bebê. O delegado conta que ainda vão interrogar o pai da primeira filha de Silvânia, que tem 9 anos de idade. Ainda não se sabe, também, sobre quem é o progenitor do filho de sua atual gestação. “Ela nos dizia que o João Miguel, que era o nome que seria dado ao menino, seria filho só de mãe e não teria pai”, contou Marivânia. Ainda segundo ela, depois que chegaram à Aparecida de Goiânia, souberam de colegas da irmã que, provavelmente, ele seria um pessoa que está presa. O delegado, no entanto, não confirmou a informação, já que não se sabe, ainda, nem o seu nome. A filha mais velha também não soube dizer sobre nenhum relacionamento amoroso da mãe nos últimos tempos.
A polícia também tentou rastrear o celular de Silvânia, mas ele está desligado, o que impossibilita que seja encontrado. O pai da filha mais velha ainda não foi ouvido, mas Marivânia conta que ele já não tinha contato com sua irmã desde que separaram, ainda na época do nascimento de sua filha. A polícia, então segue buscando relacionamentos que Silvânia tinha para encontrar algum fato que leve ao seu paradeiro. “A população daquela região é muito reservada, talvez por medo, já que há um histórico forte de violência na região, mas nós estamos torcendo por alguma denúncia anônima que nos leve ao seu paradeiro”, relata o delegado. Enquanto isso, a equipe policial segue com as intimações e cumprindo as diligências.