Coluna Xadrez: Governo rechaça abrir exceções na PEC dos gastos
Rubens Salomão O secretário chefe da Casa Civil, João Furtado Neto, comanda as conversas com representantes de categorias de servidores públicos quer reivindicam alterações na Proposta de Emenda à Constituição Estadual (PEC) do Teto de Gastos, mas garante que nenhuma exceção será aberta. O ex-secretário de Segurança Pública conta que conversou pessoalmente com representantes de […]
Rubens Salomão
O secretário chefe da Casa Civil, João Furtado Neto, comanda
as conversas com representantes de categorias de servidores públicos quer
reivindicam alterações na Proposta de Emenda à Constituição Estadual (PEC) do
Teto de Gastos, mas garante que nenhuma exceção será aberta. O ex-secretário de
Segurança Pública conta que conversou pessoalmente com representantes de
associações de policiais militares, que buscam manter promoções e reposições
salariais. “Eu recebi as reivindicações, notadamente as da Segurança, mas não
haverá exceções. Já expliquei às categorias como o governo está conduzindo a
PEC e o ajuste fiscal”, definiu o auxiliar à Coluna. João Furtado cita
inclusive números recentes da economia para rechaçar a possibilidade de
aberturas no projeto. “O PIB brasileiro recuou 3,6% em relação a 2015 e já
temos uma retração de 0,9% no primeiro trimestre deste ano. Então, não pe
momento de a gente descuidar do ajuste fiscal para continuarmos sendo um estado
que honra em dia suas obrigações”, analisa.
Contradição nacional
A oposição mantém discurso de que a PEC é na verdade um
“pacote de maldades” contras os servidores públicos. O governo rebate deputados
do PMDB e aponta que o projeto segue a linha do que foi definido pelo governo
de Michel Temer (PMDB).
É diferente
“O governo federal do PMDB estancou uma sangria pela qual o
governo estava passando. A PEC estadual é completamente diferente porque o
atual governo é o próprio dono da crise financeira regional”, afirma José
Nelto.
Adversários em acordo
Adversários ferrenhos desde os conflitos internos que
protagonizaram no DEM, o vice-governador José Eliton (PSDB) e o senador Ronaldo
Caiado (DEM) têm manifestado posições consonantes sobre o julgamento, pautado
para hoje no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os incentivos ficais
concedidos a empresas que se instalaram em Goiás desde o início da
administração de Marconi Perillo (PSDB), em 1999. “Importante pra estados como
Goiás, que pode da noite para o dia perder mais de 400 empresas que utilizam
programas de compensação tributária. O assunto já foi discutido no Senadoonde
chegamos a consenso com PLC 130/14, tornando válidos benefícios fiscais que
estados oferecem a empresas”, defende o senador. José Eliton tem defendido
constantemente os incentivos e apresentou pessoalmente o posicionamento do
estado à ministra Rosa Weber, relatora da ação do estado de São Paulo contra
Goiás. “Pedimos adiamento desse julgamento para que Câmara vote esse projeto.
Um caminho consensual”, afirma Caiado.
Aos poucos
“Seria uma saída gradual, dando condições para que os
estados consigam manter as estruturas de produção de suas empresas sem afetar
empregos”, afirma o senador, sobre a manutenção das mais de 500 mil vagas
atuais.
Sem acordo
O vice-governador não acredita em acordo com São Paulo sobre
a ação. “Os dois estados têm convicções firmes e a agenda convergente é muito
improvável”, avalia Eliton.
Esvaziado
O evento de apresentação do plano de cargos de servidores da
Secima, ontem, agendado há duas semanas, foi esvaziado pela ausência do
governador Marconi Perillo e do pré-candidato José Eliton (PSDB).
Prestígio
A ausência ocorreu um dia depois de o PSD decidir ter
liberdade para discutir 2018. O governador ontem comemorou o aniversário de 54
anos em duas inaugurações em Aparecida de Goiânia, com presenças de Maguito
Vilela (PMDB) e Aécio Neves.
Projeto nacional
“Tenho a certeza de que muito do que você já fez em Goiás,
dentro de pouco tempo, você haverá de fazer no Brasil”, disse o senador Aécio
ontem a Perillo, em discurso na inauguração do Itego de Aparecida de Goiânia.
Divisão
Na primeira audiência pública em Brasília com sindicatos de
trabalhadores para discutir a proposta de reforma trabalhista, as principais
entidades representativas do País mostraram que estão divididas sobre o
projeto.
Lados opostos
Dirigentes da Força Sindical, UGT e da Central dos
Sindicatos (CSB) defendemas negociações coletivas, ponto central da reforma,
enquanto CUT e Nova Central Sindical (NCST) dizem que a mudança pode precarizar
as relações trabalhistas.
Protesto
Os ex-soldados da PM pelo SIMVE realizam às 13h30
manifestação em frente ao TJ para cobrar a reintegração aos quadros da SSP.
Usam a criação da categoria de soldado de 3ª classe para reivindicar a
recontratação.
Foto: reprodução (Goiás Agora)