Com dívida milionária, Imas pode ser fiscalizado
Se auditadas, as finanças do Instituto passarão por fiscalização no TCM e na Comissão de Saúde da Casa de Leis
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Wilton Morais
Se aprovado pelos vereadores, o pedido para investigação das finanças do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) será objeto de trabalho da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores e do Tribunal de Contas dos Município (TCM). O Instituto enfrenta problemas financiemos desde 2015, o que tem prejudicado usuários do plano. A situação piorou em março do ano passado quando médicos credenciados ao Imas suspenderam as consultas eletivas. À ocasião, o diretor do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo já informava que os profissionais estavam com pagamentos atrasados há seis meses.
O vereador Alysson Lima (PRB) apresentou, ontem (22), em seção um requerimento solicitando auditoria nas contas do Imas. O pedido foi encaminhado à prefeitura de Goiânia. Lima alegou ter ouvido diariamente várias reclamações de usuários e prestadores de serviço do plano de saúde. De acordo com o parlamentar, há relatos de médicos que atendem apenas seis pacientes por mês, devido à falta de pagamento. O requerimento pede a apuração da possibilidade de desvios de dinheiro no Instituto.
O parlamentar afirma que a situação do Imas é inadmissível, principalmente pelo fato dos usuários terem a contrapartida descontada em folha de pagamento. Lima também questiona a atuação do atual secretário do Imas Sebastião Peixoto, assim como, a falta de pagamento dos fornecedores e a suspensão de atendimentos médicos.
Pedido
Em manifestação na semana passada, trabalhadores da Educação realizaram os pedidos de auditoria, em frente à sede do Imas, em Goiânia. Os trabalhadores reivindicaram o imediato pagamento das dívidas. À ocasião, o vice-coordenador do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Valmer Medeiros também criticou o fato de Peixoto ser atual presidente do Imas. Já o coordenador geral do Simsed Antônio Gonçalves relatou que os descontos são realizados integralmente, mas não há repasses aos prestadores.
Já em novembro do ano passado, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou com uma ação civil pública na Justiça, em caráter de urgência. O órgão solicitava o bloqueio de R$ 18 milhões em bens da Prefeitura de Goiânia, por conta de uma dívida da administração com Imas. Vários outros líderes sindicais relatam que o instituto foi responsável por problemas, principalmente por dividas.
Em prestação de contas no mês passado, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, disse a parlamentares na Câmara que a situação do Imas é ‘de cair o queixo’. O prefeito havia se comprometido a trazer para a Casa uma equipe para explicar a situação.