Meirelles nega tensões com setor produtivo por redução da desoneração da folha
Entidades da indústria não estão em oposição contra governo por entenderem que medida não representa aumento generalizado de alíquota
Postado em 30 de março de 2017 por Renato
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou tensões com
o setor produtivo por causa da reversão quase total da desoneração da
folha de pagamento. Segundo ele, as entidades da indústria não estão em
oposição raivosa contra o governo por entenderem que a medida não representa
aumento generalizado de alíquota e só afeta alguns setores da economia.
“Recebi esta semana os autores de alguns dos anúncios [que
criticam aumentos de tributos]. Ouvi deles que não há preocupação em relação a
essa medida especificamente. O que existia era uma preocupação com o aumento
generalizado de tributos como PIS/Cofins [Programa de Integração Social e
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social], a Cide [Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico, cobrada sobre os combustíveis], o que não
aconteceu”, declarou o ministro.
criticam aumentos de tributos]. Ouvi deles que não há preocupação em relação a
essa medida especificamente. O que existia era uma preocupação com o aumento
generalizado de tributos como PIS/Cofins [Programa de Integração Social e
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social], a Cide [Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico, cobrada sobre os combustíveis], o que não
aconteceu”, declarou o ministro.
De acordo com o ministro, tanto a reversão da desoneração da folha de pagamento
para 52 setores como o fim da isenção de Imposto sobre Operações Financeiras
para cooperativas de crédito foram bastante negociados com políticos da base
aliada e empresários. “Foi um cuidado que tivemos em anunciar hoje, não na
semana passada. Não apenas fizemos estudos jurídicos como dialogamos com
parlamentares e setores empresariais”, justificou.
para 52 setores como o fim da isenção de Imposto sobre Operações Financeiras
para cooperativas de crédito foram bastante negociados com políticos da base
aliada e empresários. “Foi um cuidado que tivemos em anunciar hoje, não na
semana passada. Não apenas fizemos estudos jurídicos como dialogamos com
parlamentares e setores empresariais”, justificou.
Indústria
Em nota, a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) informou que
houve sensibilidade do governo ao não aumentar tributos para todos os
setores da economia. Na segunda-feira (27), o presidente da entidade, Paulo
Skaf, tinha se reunido com Meirelles e tinha dito que a entidade era contrária
a aumento de impostos e contribuições, mas admitia o fim da desoneração da
folha de pagamento.
houve sensibilidade do governo ao não aumentar tributos para todos os
setores da economia. Na segunda-feira (27), o presidente da entidade, Paulo
Skaf, tinha se reunido com Meirelles e tinha dito que a entidade era contrária
a aumento de impostos e contribuições, mas admitia o fim da desoneração da
folha de pagamento.
Em relação a eventuais problemas para a aprovação da medida provisória que
acaba com a desoneração da folha para 52 dos 56 setores beneficiados, Meirelles
disse acreditar que o projeto não enfrentará grande resistência. “O Congresso é
soberano, mas existem outras medidas importantes [em tramitação] lá que
acredito que serão até mais intensas. Uma notícia muito importante é que não
criamos alíquotas ou impostos, simplesmente eliminamos uma opção [de
desoneração]”, disse.
acaba com a desoneração da folha para 52 dos 56 setores beneficiados, Meirelles
disse acreditar que o projeto não enfrentará grande resistência. “O Congresso é
soberano, mas existem outras medidas importantes [em tramitação] lá que
acredito que serão até mais intensas. Uma notícia muito importante é que não
criamos alíquotas ou impostos, simplesmente eliminamos uma opção [de
desoneração]”, disse.
Terceirização
Sobre a aprovação do projeto que permite a terceirização irrestrita nas
atividades das empresas, Meirelles disse que ainda vai esperar a decisão do
presidente Michel Temer em sancionar a lei ou em esperar a aprovação do projeto
com regras mais brandas que tramita no Senado. Ele, no entanto, disse que a
equipe econômica trabalhará para que a ampliação do número de trabalhadores
terceirizados não gere perda de arrecadação para o governo.
atividades das empresas, Meirelles disse que ainda vai esperar a decisão do
presidente Michel Temer em sancionar a lei ou em esperar a aprovação do projeto
com regras mais brandas que tramita no Senado. Ele, no entanto, disse que a
equipe econômica trabalhará para que a ampliação do número de trabalhadores
terceirizados não gere perda de arrecadação para o governo.
“A lei [aprovada pela Câmara] ainda não foi sancionada. Existe a discussão de
outro projeto de lei em tramitação no Senado. A partir daí, veremos o que será
de fato sancionado pelo presidente. Vamos olhar com serenidade, mas tomar
providências no processo final para que não haja perdas relevantes de
arrecadação. A ideia é que a economia cresça e crie empregos com maior
rapidez”, declarou.
outro projeto de lei em tramitação no Senado. A partir daí, veremos o que será
de fato sancionado pelo presidente. Vamos olhar com serenidade, mas tomar
providências no processo final para que não haja perdas relevantes de
arrecadação. A ideia é que a economia cresça e crie empregos com maior
rapidez”, declarou.
Foto: Foto: José Cruz/ Agência Brasil
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