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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Goiânia

Polícia investiga jovens suspeitos de participar do jogo da baleia azul

Problema que se iniciou na Rússia, previamente por notícias falsas, se tornou verdade e causa problemas no Brasil

Postado em 22 de abril de 2017 por Sheyla Sousa
Polícia investiga jovens suspeitos de participar do jogo da baleia azul
Problema que se iniciou na Rússia

Wilton Morais 

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga a participação de quatro jovens no jogo Baleia-Azul, em Goiânia. De acordo com a Policia Civil (PC), os jovens possuem marcas de ferimentos nos braços, além disso, a policia investiga algumas publicações suspeitas nas redes sociais dos jovens. 

De acordo com a delegacia, a orientação é que os pais busquem conhecer a realidade comportamental de seus filhos, pelo fato, das crianças não terem condições psicológicas como um adulto. Há outros relatos sobre o jogo na DPCA, mas não necessariamente de crimes. Alguns adolescentes, por exemplo, criaram grupos para discutir a ação.

Conforme a delegacia, os jovens são coagidos a participar do jogo, sobre ameaça contra familiares. Segundo a delegada titular da DPCA, Paula Meotti, em outras investigações, chegam à delegacia jovens que se auto mutilam. O que é necessário que os pais conheçam a realidade dos filhos, para saberem se alguma questão psicológica está os abalando, ou se é caso de algum crime. 

Crime 

A ação do jogo Baleia-Azul é preocupante, pois colaboram para aumentos de crimes contra a própria vida. Segundo o Centro de Estudos Sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic), em todo o Brasil, um em cada 10 adolescentes, em idade de 11 a 17 anos, acessa conteúdos na internet sobre formas de se ferir. O mesmo estudo aponta que um em cada 20 adolescentes procuram conteúdos sobre como tirar a própria vida. 

O Cetic analisou 19 milhões de internautas brasileiros. Desse numero, foi contatado que 11% dos internautas brasileiros buscam informações sobre mutilação. Outros 6% da rede procuram informações sobre mortes. A Paraíba é o estado que mais apresentam registros de adolescentes envolvidos com o jogo. A PM da Paraíba identificou 20 adolescentes envolvidos. 

O Escritório Brasileiro da Associação Internacional de Prevenção ao Crime Cibernéticos registra tentativas de suicídio e mutilação de adolescentes, em João Pessoa e nas cidades de Campina Grande e Guarabira, associados ao jogo. 

Em Bauru, interior paulista, após ter postado a frase “a culpa é da baleia”, em seu Facebook, um adolescente tentou se jogar do viaduto sobre a Rodovia Marechal Rondon. O caso foi registrado na quarta-feira (19). 

Alerta

O jogo que incita o crime contra a própria vida causou alertas policiais e de saúde, em oito Estados. Entre os quais estão São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Origem 

As primeiras informações sobre o jogo foram dadas, em 2015. A informação era que a “Baleia-Azul”, nome derivado da espécie presente nos Oceanos Atlântico, Pacífico, Antártico e Índico que busca praias, para morrer em vontade própria foi propagado pela Vkontakte (VK), o Facebook russo.

Apesar de entidades denunciarem o caso de ‘fake news’ – notícias falsas, o caso já havia se tornado viral e não parava de avançar. Aproveitando da situação, em grupos fechados e com ações na madrugada, administradores ou os ‘curadores’, lançavam desafios com 50 níveis de dificuldades. A última etapa do jogo mortal consiste em retirar a própria vida. 

O jogo já causou problemas na Rússia, França, Espanha, e agora começa no Brasil. O que se faz necessário cuidado, vigilância e apoio psicológico para evitar maiores tragédias. E principalmente não se envolver com o jogo. 

 

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