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sábado, 23 de novembro de 2024
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Levantamento

Fieg destaca crescimento de investimentos em Goiás

Missões comerciais do Governo contribuem para resultado positivo registrado no Estados nos últimos anos

Postado em 24 de abril de 2017 por Sheyla Sousa
Fieg destaca crescimento de investimentos em Goiás
Missões comerciais do Governo contribuem para resultado positivo registrado no Estados nos últimos anos

Levantamento feito pela Federação da Indústria do Estado de Goiás (Fieg) mostra que a participação estrangeira nos investimentos privados cresceu quatro vezes nos últimos anos (de cerca de 3% para 12%) no Estado graças à apresentação das potencialidades da economia goiana ao redor do mundo.

Contribuem para esse cenário as missões comerciais empreendidas pelo Governo de Goiás para o exterior, a exemplo dos investimentos anunciados pela Caracal, Heineken e Gerresheimer. 

Os investimentos estrangeiros confirmados no Estado ultrapassam os R$ 4 bilhões nos últimos 22 meses. A previsão inicial é de que a implantação dos novos empreendimentos gere 34 mil empregos diretos e indiretos em Goiás ao longo dos próximos anos. Um saldo positivo considerável, tendo em vista que o País ainda sofre os efeitos mais aguda e prolongada crise econômica, iniciada a partir do final de 2014. A prospecção de novos investimentos também têm efeitos positivos sobre no comércio das empresas goianas com o exterior: o Estado está entre os que mais ampliaram sua pauta exportadora.

Como primeiro resultado prático da missão que o governador Marconi Perillo liderou ao Oriente Médio este ano, a empresa Caracal International, lançou há 15 dias, em Anápolis, a pedra fundamental para a construção de sua primeira filial no Brasil. A empresa, que fabrica pistolas, metralhadoras e rifles, tem sede Abu Dhabi, em nos Emirados Árabes Unidos, e possui filiais na Alemanha, África, e também nos Estados Unidos.  Vai investir, ao longo de 10 anos, R$ 500 milhões, e gerar 1.250 empregos, entre postos diretos e indiretos.

Desde o início de 2015, Goiás recebeu a confirmação da instalação de 34 novas empresas, sobretudo no setor industrial. São empresas das mais diversas áreas, com destaque para o setor de alimentos e bebidas. O maior investimento confirmado foi o da Heineken, que está aplicando R$ 650 milhões na construção e operação de unidade de produção em Itumbiara – a primeira inteiramente construída pela cervejaria holandesa.

Como reflexo dos investimentos externos na econômica de Goiás, mais de 1 milhão de empregos na foram gerados no Estado na última década. Em 2015, a população ocupada em Goiás era de mais de 3,5 milhões de pessoas, sobretudo por pessoas com melhor qualificação: mais de 50% dos trabalhadores, com carteira assinada, tem o ensino fundamental e/ou médio completo. Entre 2004 e 2015, o PIB de Goiás cresceu em média 4,8% ao ano, enquanto o aumento médio do País ficou em 3,4%, segundo dados do Banco Central. Goiás cresceu 50% acima da média nacional.

Outro reflexo desses investimentos está na diminuição da desigualdade. Entre 2005 a 2015, os 20% mais pobres do Estado tiveram crescimento na sua renda de 7,3 pontos, numa escala de 0 a 10. Os 20% mais ricos avançaram metade deste índice. Esse crescimento da renda das famílias carentes foi real, não causado pela transferência de renda. 

Estado exporta 400 produtos para 150 países 

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), Goiás vem exportando, em média, 400 produtos diferentes para 150 países. No topo da lista de produtos mais vendidos estão a soja e seus derivados. Depois vêm as carnes. Segundo a SED, pela primeira vez o país do Oriente Médio ocupou a terceira colocação no ranking dos que mais importaram produtos goianos, com 4% do total comprado.

O maior comprador dos produtos goianos ainda é a China. Logo em seguida aparece a Holanda. Mesmo que não tivesse havido redução nas importações goianas, no entanto, o saldo da balança continuaria positivo, o que mostra a força da economia do Estado.

Segundo o superintendente-executivo de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento, Willian Leyser O’Dwyer, a queda nas importações foi influenciada pelo preço do dólar e pela situação econômica, que reduziu as despesas das empresas brasileiras, entre elas as goianas, com importações.

O crescimento vultoso do PIB goiano, principalmente nos últimos anos, é o principal número que ratifica o peso da interlocução com a economia mundial. A instalação de grandes empresas de diferentes setores e a geração de milhares de empregos também confirmam que, a cada vez que Goiás é apresentado lá fora, sua economia ganha novo pulso e o Estado acelera em desenvolvimento.

O resultado da balança comercial é reflexo do avanço da economia goiana. Avaliação sobre o Estado divulgada no ano passado pelo Banco Central indica que o Produto Interno Bruto (PIB) goiano cresceu, em média, 4,8% ao ano de 2005 a 2014, diante do aumento médio de 3,4% do nacional. O desempenho foi atribuído ao comércio, indústria de transformação (biocombustíveis, alimentos e vestuário) e setor de serviços (transporte e prestadoras de serviços a empresas).

Em 2015, a análise mostra que o PIB goiano cresceu 0,5% no período de 12 meses encerrado em junho enquanto o País registrava retração de 1,2%. A participação goiana no PIB do Brasil também foi destacada pelo BC, passou de 2,5%, em 2004, para 2,8% em 2012 – último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As missões comerciais, afirmam especialistas, foram fundamentais para esse processo.

Centro-Oeste

Em 2015, por exemplo, o Estado aumentou de 27,2% para 28,8% sua representatividade no PIB do Centro-Oeste – no entanto ainda em patamar inferior ao Distrito Federal (39,8%) e superior ao Mato Grosso (18,8%) e Mato Grosso do Sul (12,7%).  

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