Goiás empata e está na final do Goianão
Alviverde fica no 0 a 0 com o Atlético e agora aguarda o classificado de Vila Nova e Aparecidense para decidir o título
Edivaldo Barbosa
O Goiás é o primeiro finalista do Campeonato Goiano. Após vencer o primeiro clássico pela semifinal, o alviverde empatou sem gols com o Atlético, ontem à tarde, no Serra Dourada. Foi o quarto jogo entre ambos nesta temporada, com três vitórias do time esmeraldino e um empate.
Classificado, o Goiás agora aguarda o vencedor de Aparecidense e Vila Nova, que se enfrentam esta noite pela semifinal do Goianão. Será a sétima decisão seguida do alviverde no Estadual. O primeiro duelo pela final será no próximo domingo.
O Atlético reclamou de um pênalti não marcado pela arbitragem nos acréscimos no clássico de ontem. “Fui empurrado pelo Lé Sena”, denunciou João Pedro. “Quem tem boca fale o que quer”, disse o defensor esmeraldino, jurando que não cometeu a penalidade.
O rubro-negro deve trocar de técnico para a disputa do Brasileiro da Série A e também da Copa do Brasil. A diretoria não confirma, mas Marcelo Cabo deve ser substituído por Henderson Moreira, que está no América Mineiro.
O jogo
Precisando da vitória para chegar à decisão, o Atlético tomou a iniciativa logo após o árbitro Eduardo Tomaz deu início ao jogo. O rubro-negro tentava pressionar o alviverde, que impedia o avanço do rival com faltas.
Aos 10 minutos, Tiago Luís cobrou falta para a área. Atento, o goleiro Kléver tirou de soco. O mesmo Tiago Luís, aos 13, cruzou a bola na área e Léo Gamalho não alcançou, para sorte de Klever. No minuto seguinte, o goleiro voltou a evitar o gol do alviverde. O clássico, sob sol forte, seguia com muitas faltas.
Apesar do esforço dos jogadores, a partida seguia sem brilho. O meia Jorginho encontrava dificuldade para se livrar da marcação, o que comprometia a criação do Atlético. Os rivais optaram por não se expor, apesar do rubro-negro mostrar um pouco mais de volume de jogo. Abuda, aos 46, chutou em cima do goleiro Marcelo Rangel.
A melhor oportunidade do primeiro tempo aconteceu aos 47, quando Júnior Viçosa recebeu passe açucarado e desperdiçou a chance de colocar o rubro-negro em vantagem. Viçosa, aos 48, aproveitou cobrança de falta e cabeceou. Atento, o goleiro esmeraldino voltou a trabalhar e evitou o gol atleticano.
O rubro-negro voltou mais aceso para a etapa final. Logo a um minuto, Abuda cobrou falta e Bonfim cabeceou na rede lado de fora da rede.
Logo em seguida, um torcedor do Atlético se desequilibrou no parapeito da arquibancada e caiu no setor de geral. Os paramédicos foram imediatamente atendê-lo. Esse torcedor, que não teve o nome revelado, sofreu apenas um corte na cabeça.
Enquanto isso, o rubro-negro seguia em busca do gol. O Goiás valorizava a marcação e somente chegou com perigo aos 9 minutos, com Léo Gamalho. Apesar do visível esforço dos jogadores, o clássico seguia morno. Sem volume de jogo, o rubro-negro não conseguia romper a marcação. Já o alviverde, satisfeito com o resultado, procurava não se expor.
Sem força, o Atlético não conseguia superar a marcação do alviverde. O técnico Marcelo Cabo pedia para que seus jogadores avançassem ao ataque. Os rubro-negros, porém, ignoravam a orientação do treinador. Aos 47, Alípio cobrou falta em cima da barreira, desperdiçando boa chance de levar a decisão da vaga para os pênaltis.
O Atlético reclamou de pênalti – O zagueiro Léo Sena teria empurrado João Pedro dentro da área.
Juan, antes do apito final do árbitro, ainda desperdiçou a chance de balançar as redes. O esmeraldino, contudo, chegou a bola em cima do goleiro atleticano.
Ficha Técnica:
Goiás 0 x 0 Atlético
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia. Árbitro: Eduardo Tomaz. Assistentes: Fabrício Vilarinho (Fifa) e Cristhian Passos. Renda: R$ 100.560,00.Público pagante: 6.395
Goiás: Marcelo Rangel; Everton Sena, Alex Alves, David Duarte e Patrick; Victor Bolt, Aylon (Toró), Léo Sena e Tiago Luis (Jarlan); Carlos Eduardo (Juan) e Léo Gamalho
Técnico: Sílvio Criciúma
Atlético: Kléver; Daniel Borges, Bonfim, Roger Carvalho e Bruno Pacheco; Abuda (João Vítor) e Betinho (João Pedro), Willians (Alípio), Jorginho e Negueba; Júnior Viçosa
Técnico: Marcelo Cabo