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terça-feira, 26 de novembro de 2024
Reformas

Temer: reformas geram “incompreensões típicas da democracia plena”

No discurso, o presidente disse que o Brasil continuará a funcionar com ou sem protestos

Postado em 30 de abril de 2017 por Toni Nascimento

O presidente Michel Temer disse hoje (30) que as reformas propostas
pelo governo federal são fundamentais para o país e, citando a reforma
trabalhista, gera “incompreensões, objeções, contestações, mas que são
típicas da democracia plena”. O presidente disse ainda que país vai
continuar a trabalhar com ou sem protesto. 

“Quero
aproveitar para contar a todos, especialmente à imprensa brasileira, que
eu acabei de transmitir ao senhor vice-primeiro-ministro, as reformas
fundamentais que nós estamos fazendo no Estado brasileiro, dentre elas a
trabalhista que gera, em um primeiro momento, naturalmente
incompreensões, objeções, contestações,  mas que são típicas da
democracia plena que nós vivemos em nosso país”, disse Temer, na capital
paulista, na cerimônia de abertura da Casa Japão São Paulo (Japan
House), ao lado do primeiro-ministro japonês, Taro Aso.

No
discurso, o presidente disse que o Brasil continuará a funcionar com ou
sem protestos. “O Judiciário, o Executivo, o Legislativo e o brasileiro
é naturalmente um povo otimista, um povo que não tem pessimismo em
nenhum instante. Por isso é que nós dizemos: aconteça o que acontecer,
haja protestos, não haja protestos, o Brasil continua e continuará a
trabalhar”. 

Na última sexta-feira (28), foram realizados atos e
greve geral de várias categorias no país em protesto contra as reformas
trabalhista e da Previdência.

“Lanço essa mensagem especialmente
para os investidores brasileiros e naturalmente os investidores
japoneses, que como mencionou o governador Geraldo Alckmin [também
presente na cerimônia], já vem aplicando intensamente no nosso país. É
para dar tranquilidade e a segurança de que nós estamos desobstruindo os
caminhos da economia para alcançar a tranquilidade de todo o povo
brasileiro e especialmente eliminar o desemprego, que aflige a muito
nesse momento”, acrescentou Temer.

O presidente reuniu-se com o vice-primeiro-ministro japonês, a portas fechadas, pouco antes do evento.

Japan House

Inaugurada
hoje na Avenida Paulista, a Japan House é uma instituição que tem o
objetivo de apresentar o Japão do século XXI, por meio de ações nas
áreas de cultura, gastronomia, tecnologia e negócios. Nos três andares
do prédio, o público poderá conferir a partir de 6 de maio, exposições,
seminários, entre outras atividades, que devem trazer ao Brasil
criadores e empreendedores japoneses.

Esta é a primeira unidade
de um projeto mundial do governo japonês. As próximas inaugurações
ocorrerão nas cidades de Londres, na Inglaterra, e Los Angeles, nos
Estados Unidos. “É uma alegria participar da inauguração da primeira
Casa do Japão no mundo. Nós tivemos essa honraria extraordinária.
Portanto este espaço alia a beleza e cultura do Japão e os laços humanos
afetivos e de amizade que unem o nosso país ao estado japonês”, disse
Temer.

Taro Aso considera positivo que a primeira unidade esteja
na capital paulista. “São Paulo é o maior centro da América Latina do
ponto de vista econômico e cultural e possui a maior comunidade nikkei
do mundo, portanto tenho certeza de que São Paulo é ideal e melhor do
que qualquer outra cidade como centro e polo informal do Japão”, disse o
vice-primeiro-ministro japonês.

“Através da Japan House como uma
plataforma vão surgir os novos negócios, novos projetos
interuniversitários de pesquisas conjuntas e as novas gerações da
comunidade nikkei começam a ter interesse sobre seu país de origem, mais
turistas brasileiros visitam o Japão e os dois países trabalham em
conjunto para superar os desafios comuns que existem no mundo. Ou seja, a
Japan House aumenta e multiplica os círculos que unem Brasil e Japão,
esse é o futuro que o Japão procura”, acrescentou.

A cerimônia
teve a presença do governador Geraldo Alckmin, do prefeito  João Doria,
do ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes e do ministro da
Cultura Roberto Freire.

(Agência Brasil)

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