Projeto de lei quer senhas em braile nas agências bancárias
Projeto sugere também que agências implantem avisos sonoros por que atualmente são realizados por meio de visor
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Renan Castro
Um projeto de autoria do vereador Emilson Pereira (PTN) quer que sejam disponibilizadas senhas em braile nas agências bancárias de Goiânia. A proposta é para atender os deficientes visuais. Além desse benefício, o parlamentar sugere que os bancos implantem avisos sonoros por que atualmente a chamada é realizada por meio de um visor.
“A medida dará autonomia aos deficientes visuais”, explica Emilson e adiciona que isso irá gerar maior participação desses cidadãos na sociedade, com “igualdade, dignidade e respeito para estas pessoas que representam 3,6% de toda a população do país”.
O artigo 62 da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que entrou em vigor em 2016 em todo o País, determina que “é assegurado à pessoa com deficiência, mediante solicitação, o recebimento de contas, boletos, recibos, extratos e cobranças de tributos em formato acessível”.
Em entrevista ao jornal O Hoje, o vereador Emilson explica como surgiu a ideia do projeto. “Fui funcionário da Caixa Econômica Federal (CEF) durante 33 anos. E por vivenciar a dificuldade das pessoas com deficiência parcial ou total da visão em se sintonizar com as chamadas das senhas eletrônicas dentro dos estabelecimentos bancários quis propor a ideia”, afirma.
Emilson destaca quais serão as principais mudanças que ocorrerão nas agências bancárias caso o projeto seja aprovado. “O que vai mudar é que, além da senha visual, as agências teriam que adequar-se aos equipamentos de sistemas de chamadas. Ou seja, simultaneamente, por meio de avisos sonoros e senhas em braile para facilitar a acessibilidade do deficiente visual”, ressalta. “As agências não teriam dificuldades para se adequar, uma vez que os custos serão irrisórios diante do lucro que as mesmas obtêm durante o ano. Para se ter uma idéia, no ano passado, os bancos que obtiveram uma média de R$ 5 bilhões de lucro”, pondera.
O projeto passará pela CCJ e Emilson acredita que será, posteriormente, aprovado no plenário da Casa. “A aceitação por parte dos vereadores foi de imediato e todos sinalizaram a favor do projeto e conto a aprovação uma vez que vem beneficiar a população. Logo no primeiro dia que apresentei o projeto, a aceitação dos vereadores foi quase unânime”, garante.