Lula vai recorrer de decisão que negou arrolar novas testemunhas no caso triplex
A nota dos advogados encerra afirmando que “serão tomadas todas as medidas necessárias para afastar as ilegalidades presentes”
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva anunciaram hoje (15) que vão recorrer da decisão do juiz federal Sergio
Moro, que indeferiu o pedido da defesa de arrolar novas testemunhas e realizar
provas periciais no processo que investiga suposta ligação de Lula com um
apartamento triplex da OAS Empreendimentos.
Segundo nota assinada pelo advogado Cristiano Zanin
Martins, a decisão de Moro contém erros factuais, “pois todos os endereços
das testemunhas complementares […] estão em um rol que pode ser encontrado
nas duas últimas folhas da petição”. Moro havia citado a falta dos
endereços das testemunhas como uma das razões para a negativa.
A defesa também criticou o indeferimento da
realização de perícia para apurar de quem seria o imóvel 164-A, do Condomínio
Solaris, e se a OAS usou o apartamento como garantia em operações financeiras
da empreiteira. “Se o Ministério Público Federal (MPF) imputa — ainda que
sem qualquer razão — crime que deixa vestígio material, a realização da prova
pericial é obrigatória”, diz a nota, que faz referência ao Artigo 158 do
Código de Processo Penal.
Martins também afirmou que os depoimentos das 73
testemunhas ouvidas no caso do triplex comprovam a inocência do ex-presidente:
“Ao arrolar novas testemunhas, o MPF reconheceu que não dispõe de prova da
acusação formulada contra Lula”. O pedido dos procuradores para ouvir
novas testemunhas também foi negado por Moro.
A nota dos advogados encerra afirmando que
“serão tomadas todas as medidas necessárias para afastar as ilegalidades
presentes” na decisão do juiz federal.
(Agência Brasil)