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quinta-feira, 7 de novembro de 2024
Lava Jato

Para Temer, áudio de conversa com dono da JBS confirma inocência

Áudio da conversa entre Temer e Joesley foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal após ministro Edson Fachin retirar parcialmente sigilo de delação premiada do empresário

Postado em 19 de maio de 2017 por Renato
Para Temer
Áudio da conversa entre Temer e Joesley foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal após ministro Edson Fachin retirar parcialmente sigilo de delação premiada do empresário

O presidente Michel Temer ouviu na noite de hoje (18), na
companhia de assessores, o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista que o
implicaria na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do
doleiro Lúcio Funaro, investigados na Operação Lava Jato. O áudio da conversa
entre Temer e Joesley foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois
que o ministro Edson Fachin retirou parcialmente o sigilo da delação
premiada do empresário. Após ouvir o áudio, o entendimento de Temer e sua
equipe é de que o conteúdo da conversa não incrimina o presidente, confirmando
a nota divulgada pelo Palácio do Planalto na noite de ontem (17) e o pronunciamento da
tarde de hoje (18).

O áudio tem cerca de 40 minutos. Na conversa,
Temer e Batista conversam sobre o cenário político, os avanços na economia e
também citam a situação de Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba. O
entendimento do governo é que a frase dita por Temer “tem que manter isso,
viu?” diz respeito à manutenção do bom relacionamento entre Cunha e Batista, e
não a um suposto pagamento de mesada pelo silêncio do ex-deputado. Além disso,
Temer minimiza a sua fala no trecho no qual Batista diz que está “segurando
dois juízes” que cuidam de casos em que o empresário é processado.

“O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das
declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia
contar vantagem. O presidente não poderia crer que um juiz e um membro do
Ministério Público estivessem sendo cooptados”, disse a assessoria do Palácio
do Planalto, em nota. A expectativa do governo é que o STF investigue e arquive
o inquérito.

Base aliada

Após seu pronunciamento, o presidente recebeu apoio de
partidos, como PP e PRB, além de mensagens por telefone e ligações de aliados
políticos. A avaliação é que a fala do presidente repercutiu bem entre os
parlamentares da base. Contudo, não foi possível evitar baixas, como a saída do PPS do
governo e a de Roberto Freire do Ministério da Cultura.

Um dos principais objetivos do governo agora é manter a sua
base no Congresso Nacional, tranquilizar o mercado e esperar pela conclusão das
investigações no STF com, na expectativa do Planalto, o arquivamento do
processo. (Agência Brasil) 

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