O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

domingo, 23 de fevereiro de 2025
Publicidade
Reajuste

Câmara aprova medida previsória que reajusta remuneração de carreiras da RF

Além de servidores da Receita, MP também prevê reajuste para cargos de auditoria-fiscal do Trabalho, perito médico previdenciário e entre outros

Postado em 25 de maio de 2017 por Renato
Câmara aprova medida previsória que reajusta remuneração de carreiras da RF
Além de servidores da Receita

08c757ee0d0ff02cc8ca8f4820ef6ef0O plenário da Câmara aprovou na madrugada de hoje (25) o
texto-base da Medida Provisória (MP) 765/16, que reajusta a remuneração de
várias categorias, entre as quais as carreiras da Receita Federal, que passa a
ganhar um bônus pelo cumprimento de metas relacionadas à arrecadação, inclusive
de multas. A sessão foi encerrada quando ainda faltava votar um destaque ao
texto. Eram necessários pelo menos 257 deputados para dar o quórum na sessão,
mas, na hora da votação, estavam presentes somente 55.

A MP foi uma das medidas aprovadas após a oposição se
retirar do plenário em protesto contra a edição do decreto do presidente
Michel Temer que autorizou a presença das Forças Armadas nas ruas do Distrito
Federal. Os deputados ainda articulam uma nova tentativa de votar esse último
destaque na próxima semana. Como o prazo dessa medida provisória expira na
quinta-feira (1º), a MP corre o risco de perder a validade se não tiver a
aprovação concluída pelo Congresso até essa data.

Além de servidores da Receita, a MP também prevê reajuste
para os cargos de auditoria-fiscal do Trabalho; perito médico previdenciário;
carreira de infraestrutura; diplomata; oficial de chancelaria; assistente de
chancelaria; médico do plano especial de cargos da Superintendência da Zona
Franca de Manaus (Suframa); médico do plano especial de cargos do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); e policial civil dos
ex-territórios. Essas carreiras ficaram de fora da negociação salarial de 2016,
quando o governo ofereceu aumento escalonado para outras carreiras do serviço
público.

Impasse

A votação do texto foi marcada por impasse entre integrantes
da base aliada. Deputados argumentavam que a MP, que oferece um aumento
escalonado aos servidores da Receita, na forma de um bônus de eficiência,
entrava em conflito com outra medida que estava em pauta no plenário, a MP
766/16, que institui um novo programa de renegociação de dívidas com a União.

A MP 765 prevê que o bônus a ser pago às carreiras da
Receita Federal com base na arrecadação, inclusive de multas, incide sobre o
desconto máximo de 25% das multas possíveis de se conceder para o
refinanciamento de débitos de empresas com a União.

O texto da MP 766/16, que trata do chamado Refis, institui
programa de refinanciamento que concede descontos, parcelamentos e prazos
alongados e acaba com garantias anteriormente exigidas. De acordo com os
parlamentares, o texto da MP 765 limita a quantidade de desconto que pode ser
dado para a negociação de dívida previsto na outra medida provisória, que
poderia chegar a 90%.

A MP 766 concede ainda desconto nos juros das dívidas
parceladas, dobra o prazo máximo de parcelamento, de 120 meses (10 anos) para
240 meses (20 anos) e permite que empresas já em recuperação judicial também
participem do programa.

O relator da proposta, deputado Newton Cardoso Jr.
(PMDB-MG), disse que passou o dia todo tentando negociar um entendimento com o
Ministério da Fazenda, mas que não foi possível chegar a uma proposta que
agradasse a todos os lados. “O acordo foi produzido ao longo de todo o dia no
Ministério da Fazenda desde de manhã. Evidente que foi impossível abrigar e
tratar item por item tendo em vista o tamanho do grupo e a complexidade da
matéria”, disse.

Diante do impasse, o presidente da Casa, Rodrigo Maia
(DEM-RJ) se comprometeu a negociar com o Planalto um acordo para resolver o
problema antes de o texto ser votado no Senado. Pela proposta, o reajuste dos
servidores da Receita somente seria votado no Senado depois de que o governo
revogasse a MP 766/17 e editasse outra com o conteúdo negociado nesta
quarta-feira com o Ministério da Fazenda, o que evitaria a aplicação dos
limites na concessão de descontos das multas. (Agência Brasil) 

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também