Entidade manifesta que trabalho infantil acabe em zonas de conflito
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, pediu ontem mais ações contra o trabalho infantil em zonas de conflitos e de catástrofes, que são especialmente vulneráveis, com foco nas crianças refugiadas e migrantes. A informação é da Agência EFE. “Hoje, vale destacar as dificuldades que as crianças em situação de conflito ou […]
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, pediu ontem mais ações contra o trabalho infantil em zonas de conflitos e de catástrofes, que são especialmente vulneráveis, com foco nas crianças refugiadas e migrantes. A informação é da Agência EFE.
“Hoje, vale destacar as dificuldades que as crianças em situação de conflito ou catástrofes atravessam. Eles são especialmente suscetíveis ao trabalho infantil”, disse Ryder em comunicado por ocasião do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.
No mundo mais de 1,5 trilhão de pessoas vive em países atingidos por conflitos, violência ou situações de fragilidade. Ao mesmo tempo, a cada ano cerca de 200 milhões de pessoas se veem afetadas por catástrofes naturais, das quais mais de 66 milhões são crianças, conforme dados da OIT.
Uma quantidade significativa dos 168 milhões de meninos e meninas vítimas do trabalho infantil vive em áreas afetadas por conflitos e catástrofes, segundo a organização. Entre os mais vulneráveis estão as crianças refugiadas e migrantes, especialmente aqueles em trânsito que foram separados das famílias.
“Diante da maior crise de refugiados em décadas, é essencial compartilhar responsabilidades e solidariedade com o objetivo de proteger todas as crianças do mundo, proporcionar a elas uma educação, reavivar as esperanças e fazer com que consigam um futuro melhor”, defendeu.
O mesmo ocorre com os que ficam para trás enquanto lutam por sobreviver, por exemplo, se dedicando à mineração, recolhendo resíduos de metais e minerais de zonas devastadas pela guerra, retirando escombros ou trabalhando nas ruas. Alguns acabam se tornando combatentes, viram espiões ou ajudantes, acabam se tornando vítimas de exploração e abuso sexual.
“Não podemos dar as costas a esta dura realidade. Todos as crianças têm direito de gozar de proteção contra o trabalho infantil”, enfatizou o diretor da OIT.
Na Meta 8.7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), os países signatários se comprometeram a eliminar todas as formas de trabalho infantil até 2025. (Abr)