Inicia as obras para a recuperação do Parque Cascavel em Goiânia
A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) pontua a necessidade da execução do projeto
Marcus Vinícius Beck
As obras de assoreamento do Parque Cascavel, no Jardim Atlântico, já começaram. Para solucionar o problema de escoamento, porém, a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) diz que é necessária elaboração e execução de projeto que drene escoamento, uma vez que a região se encontra na nascente do rio Cascavel. A previsão é de o Parque esteja totalmente recuperado no segundo semestre deste ano.
Waldir Pires, supervisor da obra, afirma que houve alguns contratempos que atrasaram o assoreamento, mas que de uns tempos para cá a “coisa começou a andar”. “Quando começou a chover tudo piorou”, diz Waldir, ressaltando que até o caminhão que é usado no trabalho estragou. “Aí não tem como, pois como eles fariam sem ar-condicionado?”, questiona.
Do outro lado da rua, embaixo de uma sombra, um vendedor de pipoca que não quis se identificar, criticou as obras. “Faz algum tempo que eles estão aqui, certeza de que ficarão ainda por um bom tempo”, estima. “Duvido de que as obras estarão prontas até o fim do ano, porque só há dois caminhões trabalhando”.
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura (Secom) afirma que as medidas têm de servir ao longo prazo. A pasta ainda diz que é necessário projeto para conter água das chuvas, mas este assunto já está sendo discutido entre as Prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia. “As obras precisam ser refeitas anualmente, porém, isso gera custo aos cofres públicos”, explica.
Problema
Recentemente, o presidente da Amma, Gilberto Marques Neto, reuniu-se com prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha para tratar das águas que desembocam no parque vindas daquele município. Também compareceram à reunião o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), Fernando Cozzetti, vereador Gustavo Cruvinel (PV) com o titular da Secretaria de Governo (Segov) para definir melhor gerenciamento ao problema de assoreamento do lago. Na reunião, ficou definido que técnicos dos respectivos órgãos farão projeto para solucionar efetivamente o problema.
Waldir, porém, afirma que bacias de contensão de galerias fluviais estão sendo lançadas. “Temos cerca de mil elementos para reforçar fauna e bioma do local”, assegura o supervisor. Ele diz que o principal propósito de assoreamento é melhorar o Parque para que moradores da região possam aproveitá-lo. “A estimativa é de que entreguemos os quiosques funcionando”, finaliza.
Em março deste ano, a Amma intensificou trabalhos de roçagem e limpezas nos parques que são de responsabilidade da Prefeitura. Segundo o diretor de Áreas Verdes, Unidades de Preservação e Conservação Ambiental, Avelar Viveiros, a prioridade é proporcionar tranquilidade aos frequentadores dos parques. “Os serviços são executados por mais de 30 servidores do órgão ambiental”, diz.
Último assoreamento
O último desassoreamento aconteceu em 2015, mas as obras à época incluíam espelho d´água no curso do córrego que fica acima do parque. Enquanto as obras não eram concluídas, o cenário que proliferava no parque era de lama. Estradas eram construídas dentro do lago, evitando que máquinas da Prefeitura atolassem no local.