Rubens Salomão

A dívida total da prefeitura de Goiânia junto ao Instituto
de Previdência dos Servidores Municipais (IPSM) pode chegar a mais de R$ 2
bilhões ao longo da história, segundo vereadores membros da Comissão Especial
de Inquérito (CEI) das Contas, que contam com o auxílio de técnicos do TCM. No
entanto, o montante devido teria sido consideravelmente aumentado entre os anos
de 2012 e 2016, nos últimos anos da administração de Paulo Garcia (PT), quando
ao menos R$ 138,6 milhões.

O ex-secretário de Finanças, que comandou a pasta
nas gestões de Paulo de na anterior de Iris Rezende (PMDB), Dário Campos,
prestou depoimento ontem à CEI e admitiu as dificuldades. “O repasses deixou
mesmo de ser feito em alguns meses na minha gestão. Não sei qual foi freqüência
de pagamento depois que saí da secretaria e como presidente do Instituto eu
assumi o papel de credo”, contou o ex-secretário, que detalha como o rombo foi
se acumulando. “Por conta de falta de disponibilizada financeira, penso eu”.

Trabalhos

O presidente da CEI das Contas, Zander Fábio (PEN), prevê
que o relatório final da comissão será votado ainda na primeira quinzena de
setembro. Na segunda-feira (19), serão ouvidos os últimos três presidentes do
IPSM, inclusive o atual.

Prefeito

O relator, Jorge Kajuru (PRP), define que tem elementos
suficientes para fechar o relatório, mas que falta ouvir o ex-prefeito Paulo
Garcia e Iris Rezende. “Depois disso, o relatório fica pronto em 48 horas”,
garante.

Procuradores evitam corregedoria

O procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres
Neto, participaou ontem da reunião ordinária do Conselho Nacional de
Procuradores-Gerais de Justiça do Ministério Público dos Estados e da União
(CNPG), realizada na sede do Ministério Público de Santa Catarina, em
Florianópolis. Na reunião, o colegiado decidiu encaminhar nota técnica ao
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com posicionamento contrário à
proposta de resolução sobre a atuação das corregedorias locais. Caso a nova
proposta seja aprovada, as corregedorias poderão julgar atividades exercidas
pelos procuradores-gerais de Justiça, função que ainda é de responsabilidade
exclusiva da Corregedoria Nacional do Ministério Público. A publicação da nota
técnica está prevista para a próxima segunda-feira (19/6). Também entraram na
pauta de debates a meta 4 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que prioriza o
julgamento dos processos relativos à corrupção e à improbidade administrativa
em âmbito nacional e estadual.

Em família

O também procurador do MP, ex-senador Demóstenes Torres,
irmão de Benedito, teve ontem processo arquivado pelo Tribunal de Justiça. Ação
era resultado das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, que
tiveram os grampos considerados ilegais.

O retorno

Ainda inelegível até 2026, Demóstenes buscará no STF os
direitos políticos e a retomada do mandato, exercido pelo suplente, Wilder
Morais (PP), desde 2012.

Palavras ao vento

A defesa do governador Marconi Perillo aponta que “causa
perplexidade” a abertura de um inquérito baseado apenas “nas palavras de um
delator”. A PGR pediu ontem ao STJ investigação sobre citações ao tucano em
delações da Odebrecht.

Tranquilidade

“A palavra do delator, como bem disse o STF, não faz prova
alguma”, aponta o advogado Antônio Carlos, o Kakay. “O governador não tem
nenhuma preocupação com o que foi dito pelos delatores”, garante.

Satisfeito

O deputado federal Daniel Vilela (PMDB) recomeçou ontem as
reuniões pelo interior do estado e diz estar “muito satisfeito” com o resultado
da pesquisa Paraná, em que aparece com 10,3% das intenções de voto.

Apolítico?

Já o advogado Djalma Rezende admitiu à Xadrez ter recebido
diversos convites para filiação partidária e disse ter se sentido “lisonjeado”
com a lembrança por 6,6% dos entrevistados.

Orientações

A Secretaria Estadual da Saúde realizará “Curso de
capacitação de multiplicadores em vigilância do câncer relacionado ao
trabalho”, nos dias 19, 20 e 21 de junho, às 8h da manhã. O evento ocorrerá em
hotel na Rua 3, no Centro.

Questões específicas

Os participantes serão instruídos a realizar perguntas
detalhadas sobre as reais condições de trabalho do paciente,
efetuar análise de todas as atividades laborais realizadas antes do
ingresso na empresa e do início da doença.