Felipe Bonfim

Vitória, fuga da zona de rebaixamento e, ainda assim, polêmica. Apesar do clima de comemoração após o triunfo sobre o Avaí, por 3 a 1, na última quarta-feira, o Atlético ainda teve que lidar com mais um problema relacionado ao atacante Walter.

No banco de reservas, o jogador se recusou a cumprimentar um dos membros da comissão técnica, Eduardo Nascimento, que agradecia a cada um dos atletas não utilizados durante a partida – o cronômetro marcava 32 minutos do segundo tempo e as três alterações já haviam sido processadas.

Insatisfeito com a postura do atleta, o técnico Doriva avisou que, caso não se encaixe na política na comissão, o jogador não será mantido. “Salientei para todos que precisamos de cada um, mas a verdade é uma só: se ele não se enquadrar quem vai sair é ele”, disse.

No banco desde a saída de Marcelo Cabo, Walter entrou nos minutos finais da vitória sobre a Ponte Preta, ainda com João Paulo Sanches, mas não foi utilizado nas duas partidas sob o comando de Doriva.

Além da demonstração de indisciplina na noite de quarta, a comissão técnica também precisa lidar com o peso do jogador. Na última semana o vice-presidente executivo e gestor de futebol, Adson Batista, já havia admitido que o atleta não conseguiu atingir as metas estabelecidas, apesar dos dois meses de preparação antes da estreia pela Série A.

“Ele perdeu alguns quilos quando chegou aqui, depois deu uma estagnada, não atingiu nosso planejamento. É um problema que temos que administrar internamente. Não vamos expor ninguém, mas é uma realidade que nos preocupa”, afirmou.

Quando ainda vestia a camisa do Goiás, Walter também gerou problemas. O atacante foi desligado do elenco por agredir o goleiro Matheus durante treinamento. Ao todo, foram apenas 11 jogos na temporada e um gol marcado até aqui.