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sábado, 23 de novembro de 2024
Economia

Meirelles confirma que governo estuda usar FGTS no lugar do seguro-desemprego

A medida foi divulgada pelo jornal O Globo e, segundo Meirelles, está em “fase embrionária”

Postado em 23 de junho de 2017 por Toni Nascimento
Meirelles confirma que governo estuda usar FGTS no lugar do seguro-desemprego
A medida foi divulgada pelo jornal O Globo e

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou hoje
(23) que o governo estuda utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) para substituir o pagamento do seguro-desemprego. A medida foi divulgada
pelo jornal O Globo e, segundo Meirelles, está em “fase embrionária”.

Segundo
a reportagem, o governo pretende usar o saldo do FGTS e a multa de 40%, paga nos
casos de demissão sem justa causa, para repassar três parcelas ao trabalhador,
substituindo o seguro-desemprego. O valor mensal seria equivalente ao último
salário recebido pelo empregado. Após esse período, se permanecer sem
colocação, o trabalhador poderia dar entrada no seguro-desemprego e receber o
restante do saldo do FGTS.

“Existem
discussões na área econômica do governo, seja no Ministério da Fazenda, seja no
Ministério do Planejamento, seja em outras áreas em diversos níveis, sobre
diversas coisas que possam induzir o país a voltar a crescer” disse Meirelles
ao ser perguntado sobre o assunto após participar de um evento promovido pela
Câmara Americana de Comércio (Amcham) em São Paulo.

O
ministro também comentou a suspensão das importações de carne bovina fresca
brasileira pelos Estados Unidos, anunciada ontem (22), e disse que o Brasil
prestará os esclarecimentos necessários para reverter a decisão
norte-americana.

“Compete
à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos [Apex] fazer o
trabalho no sentido de assegurar que as dúvidas e preocupações dos outros
países sejam resolvidas, e o país volte a exportar normalmente”, declarou.

Reforma
Trabalhista

Durante
o evento, o ministro recebeu um manifesto da Amcham em apoio às reformas
trabalhista, previdenciária e tributária. Apesar da rejeição da proposta de
reforma trabalhista do governo na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado,
Meirelles mostrou otimismo com a votação do texto no plenário.

“Um
senador que perdeu o voo, outro que teve uma questão de partido, outro com uma
questão familiar. Então, tiveram diversas questões que fizeram com que isso,
ocasionalmente, ocorresse. Agora, nós acreditamos que a reforma deve ser
aprovada e deve ser implantada.” 

(Agência Brasil)

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