EUA impõem novas sanções ao Irã
As novas sanções estão relacionadas aos armamentos militares
O governo dos Estados Unidos anunciou hoje (18) sanções contra 18 indivíduos e/ou entidades iranianas. As novas medidas estão relacionadas com o programa de mísseis balísticos do Irã, o apoio militar à Guarda Revolucionária e a vinculação com uma organização criminal transnacional. A informação é da agência EFE.
O anúncio das restrições foi feito um dia após os departamentos do Tesouro e de Estado dos EUA terem certificado perante o Congresso que o Irã segue cumprindo as condições do pacto que assinou com seis potências em 2015 para limitar seu programa nuclear. Funcionários da Casa Branca afirmaram que Teerã está em “indiscutível incumprimento do espírito do Plano Integral de Ação Conjunta”, como é denominado o acordo de contenção nuclear.
O governo americano “continuará centrando-se agressivamente na atividade maligna do Irã, incluindo o seu apoio estatal em curso ao terrorismo, o seu programa de mísseis balísticos e os abusos de direitos humanos”, detalhou em um comunicado o secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin. Segundo ele, as novas sanções “enviam um forte sinal que os Estados Unidos não tolerarão o comportamento provocador e desestabilizador do Irã”.
Os ativos nos EUA dos 18 indivíduos e entidades sancionados ficam congelados e os afetados estão proibidos de fazer transações com americanos.
Ameaças
“O secretário de Estado, Rex Tillerson, e o presidente Donald Trump querem enfatizar que o Irã segue sendo uma das maiores ameaças para os interesses americanos e para a estabilidade regional”, disseram funcionários do governo americano.
Entre as “atividades malignas” que, segundo a Casa Branca, são promovidas pelo governo de Teerã, estão o apoio às “atrocidades” do presidente Bashar al Assad, na Síria, o programa de mísseis iranianos e “a contínua hostilidade do país contra Israel”.
Segundo o jornal The New York Times, a certidão dada ontem (17) de que o Irã segue cumprindo as condições do pacto foi confirmada apesar da oposição do próprio Trump, partidário de uma linha dura com o Irã e contrário ao acordo nuclear de 2015. Nesse sentido, ele está à espera de uma revisão do pacto nuclear que encomendou, para fixar sua estratégia futura.
De acordo com o jornal The Washington Post, essa revisão deve estar concluída antes de meados de outubro, quando se completa de novo o prazo de 90 dias para que os EUA certifiquem se o Irã segue cumprindo sua parte do acordo nuclear.
Agência Brasil