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domingo, 24 de novembro de 2024
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Mercado árabe

Exportações brasileiras para os árabes crescem no primeiro semestre do ano

Dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira mostram que, no primeiro semestre de 2017, houve crescimento de 15,54% em comparação ao mesmo período de 2016

Postado em 24 de julho de 2017 por Lucas de Godoi
Exportações brasileiras para os árabes crescem no primeiro semestre do ano
Dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira mostram que

As exportações do Brasil para os países apresentaram
crescimento no primeiro semestre de 2017, segundo dados do Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) compilados pela Câmara de
Comércio Árabe-Brasileira. De janeiro a junho, a receita com vendas de produtos
brasileiros ao mercado árabe somou US$ 6,05 bilhões, um crescimento de 15,54%
em relação ao mesmo período de 2016. Esse valor corresponde a 5,62% das
exportações totais do País no primeiro semestre do ano.

Os três principais compradores de produtos brasileiros no
mundo árabe seguiram a mesma tendência de crescimento. A Arábia Saudita, com
aumento de 10,98% em exportações do Brasil, atingiu US$ 1,37 bilhão; em
seguida, os Emirados Árabes Unidos, com US$ 1,08 bilhão, cresceram 19,42% e a
Argélia que, com US$ 684,70 milhões, teve crescimento de 26,44%.

Já o Egito, 4º destino das exportações brasileiras para os
árabes apresentou uma queda de 25,23% em relação ao primeiro semestre de 2016.
“A grave situação econômica do Egito é a principal explicação para a queda nas
exportações. Desde o início vínhamos observando essa tendência que agora se
consolida”, explica o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.

No período, mais uma vez açúcar e as carnes e minérios
ficaram no topo das exportações do Brasil para os países árabes. Juntos, os
três itens somam US$ 4,48 bilhões, ou 74% dos US$ 6,05 bilhões exportados entre
janeiro a junho deste ano para os árabes. “Ainda que tenhamos observado uma
pequena queda nas exportações de carnes (2,73%), em função da operação carne
fraca e diminuição das compras pelo Egito, este ainda é um item de extrema
importância na balança entre o Brasil e os países da Liga Árabe, totalizando,
apenas neste primeiro semestre, US$ 1,77 bilhão, atrás apenas do açúcar, com
US$ 2,13 bilhões no período”, analisa Alaby. Os minérios cresceram 132,57% no
período, somando US$ 564,52.

“O primeiro semestre deste ano foi um período de muito
trabalho para a Câmara Árabe, que trabalho intensamente para ajudar a minimizar
o quanto possível o impacto nas exportações brasileiras de carnes para os países
árabes”, comenta o presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun. Ele conta que
várias missões foram realizadas e, “juntamente com o Ministério da Agricultura
e entidades do setor foi possível reverter situações negativas, o que está
refletido na queda, considerada pequena diante dos problemas enfrentados este
ano”, explica Hannun.

Os sauditas fizeram compras de US$ 1,37 bilhão em produtos
brasileiros, os Emirados Árabes Unidos de US$ 1,08 bilhão, a Argélia de US$
684,70 milhões, Egito de US$ 652,75 milhões, Omã de US$ 376,21 milhões e o
Marrocos de US$ 313,33 milhões.

Importações

As importações de produtos do mundo árabe para o Brasil
também avançaram no primeiro semestre deste ano, em 26,94%. Os gastos passaram
de US$ 2,66 bilhões em 2016 para US$ 3,38 bilhões este ano. Os maiores
fornecedores árabes do Brasil foram, por ordem, Argélia, Arábia Saudita,
Marrocos, Catar e Kuwait. Quase que a totalidade da pauta foi composta por
petróleo e derivados e por fertilizantes. 

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