Mutirama seguia o mesmo protocolo de segurança há 15 anos
Segundo o presidente da Agetul, serão feitas mudanças para evitar novos acidentes
Alexandre Magalhães,presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), defendeu em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (27) os procedimentos de checagem dos brinquedos do Parque Mutirama que, segundo ele, são executados da mesma forma há 15 anos. Apesar disso, ele afirmou que serão feitas mudanças para evitar novos acidentes.
Alexandre falou sobre o assunto após a queda do brinquedo Twister, ocorrida na tarde desta quarta-feira (26). Na ocasião, 13 pessoas ficaram feridas. Uma mulher teve a perna esmagada pela estrutura.
Dizendo estar indignado com o acidente, Alexandre salientou que não havia irregularidades na forma com que eram feitas as revisões nos equipamentos do parque, “Continuamos o protocolo de segurança que é seguido há 15 anos e até então não tivemos problema nenhum”, declarou.
Agora, diz ele, os processos passarão por alterações. “Vamos mudar o que vem acontecendo de protocolos de segurança junto às atrações, aos brinquedos. Tem que mudar, está errado”, disse. Conforme o presidente, será trazida “gente de fora” para ajudar a rever os procedimentos.
Alexandre também rebateu a informação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) de que não haveria um profissional de engenharia responsável pela manutenção dos equipamentos eletromecânicos. “Temos um engenheiro que está há 15 anos responsável pelo parque. Ele só não tem registro no Crea”, pontuou. Porém, ele não soube explicar o por que de esse registro ainda não ter sido feito.
Quando questionado, o presidente da Agetul também afirmou não ter conhecimento sobre um procedimento instalado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que tem como base um relatório do Corpo de Bombeiros, apontando uma série de inadequações que deveriam ser corrigidas no Mutirama. A fala dele contraria a declaração da promotora de Justiça Leila Maria que, nesta quarta (26), afirmou que o documento foi enviado à Agetul em maio deste ano. Segundo ela, foi dado o prazo de 30 dias para que fossem feitas as adaptações, mas não houve retorno sobre a tomada de medidas.
Alexandre ainda disse que está preparado para assumir possíveis responsabilizações penais pelo acidente depois que a promotora informou que ele poderia responder por improbidade administrativa e até lesão corporal, caso seja comprovado que o acidente foi causado por falta de manutenção nos brinquedos do parque. “Que seja feita a Justiça. Não tenho medo e não fujo das minhas responsabilidades. Continuei um protocolo que estava sendo feito, como a maneira que era feita a revisão, e agora vamos mudar”, reforçou.
(Mais Goiás)