Gilmar Mendes faz críticas ao novo pedido de prisão de Aécio Neves no PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia protocolado nesta segunda-feira (31) mais um recurso de prisão preventiva de Aécio
Ao ser perguntado sobre o terceiro pedido de prisão do
senador Aécio Neves (PSDB-MG), nesta terça-feira (1º), o ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aproveitou para criticar o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no qual referiu como sendo um
ator “jurídico-político”.
“Eu acho que é bom que atores jurídico-políticos leiam a
Constituição antes de seguir suas vontades”, afirmou Mendes, fazendo referência
à persistência de Janot em pedir à prisão de Aécio.
Janot protocolou mais um recurso de prisão preventiva do
senador, ontem (31), após o ministro Marco Aurélio Mello ter negado a medida de
cautela no mês passado, afirmando que o caso de Aécio não se tratava de um
flagrante de crime inafiançável, única situação em que a Constituição prevê
prisão contra o parlamentar em exercício.
A prisão havia sido negada anteriormente pelo relator
anterior do caso, o ministro Edson Fachin, que chegou afastar Aécio de seu
exercício. Negando a prisão pela segunda vez, Marco Aurélio autorizou também o
retorno de Aécio ao Senado.
O senador é alvo de inquérito no STF por ter sido citado
pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, e um dos seus depoimentos
de delação premiada. Joesley, ao depor para os procuradores, disse que Aécio
pediu R$ 2 milhões para pagamento de despesas em sua defesa na Operação Lava
Jato.
O terceiro pedido de prisão contra o senador será analisado pela
Primeira Turma do STF, além do colegiado e também do relator do processo.