O Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou que está
“financeiramente esgotado”. A notícia implica a ausência de pagamento das
bolsas a partir do mês que vem, caso seu orçamento não passe por um
descongestionamento imediato por parte do governo federal .

Poderão ser atingidos pelo corte aproximadamente 90 mil bolsistas
e 20 mil pesquisadores. “O caso é de urgência urgentíssima”, disse ao Estado o
presidente do CNPq, Mario Neto Borges. “Acabou o dinheiro.”

O CNPq se trata da principal agência de incentivo à pesquisa no
País, com papel essencial no desenvolvimento da ciência e da pós-graduação
nacional, graças ao pagamento de bolsas e ao financiamento de projetos. Muitos
alunos dependem dos recursos como única fonte de renda, tanto para pagar contas
quanto para se manter na universidade fazendo pesquisa.

Com vinculação ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), o CNPq foi poupado do corte de 44% do orçamento da pasta,
em março deste ano. Todavia, o prazo está prestes a vencer. O orçamento previsto para este ano no CNPq é de
R$ 1,3 bilhão. Porém, o órgão recebeu autorização para gastos que não
ultrapassem 56% (um total de R$ 730 milhões).